Sábado, Março 22, 2025
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“Falta de semicondutores vai levar a subida dos preços”, alerta Europcar

O diretor-geral da Europcar, Paulo Moura, estima que a falta de semicondutores “vai afetar bastante o mercado”, refletindo um aumento de preços que podem chegar aos 10%. Num encontro com a imprensa esta quarta-feira, dia 29 de setembro, Paulo Moura fez um balanço da atividade durante a pandemia.

“Esperamos fechar este ano com uma quebra de cerca 45% de faturação comparativamente a 2019, e em termos de resultados ainda muito pior que isso”, disse o responsável da Europcar. A empresa de mobilidade tinha a expetativa de uma “franca recuperação” logo no início de junho”, “mas isso, infelizmente, não aconteceu”.

“Só a partir de meados de julho é que começámos a ter um volume de negócios de acordo com o plano que tínhamos delineado no início do ano. A partir daí, foi um verão muitíssimo bom, atendendo às circunstâncias. Foi claramente bom, mas tardio”, afirmou o responsável, dizendo ainda que a estimativa é que o verão se prolongue. “Felizmente o verão tem vindo a estender-se, estamos a ter um setembro bastante positivo, e a expetativa para outubro também é positiva, dentro do contexto que vivemos”.

Relativamente a 2022, e caso a retoma continue a verificar-se, o diretor geral da Europcar disse esperar atingir um nível de negócio 30 a 35% abaixo de 2019 no segmento de lazer, mas um melhor resultado na área do corporate, na qual espera aproximar-se do nível de transações de 2019.

Em 2019, o setor da rent-a-car viu-se a braços com a falta de fornecimentos de carros, situação que também afetou a Europcar. “Sofremos ao longo deste ano diversos cortes de fornecimento de carros relativamente ao plano inicial que tínhamos acordado. Infelizmente esta situação vai estender-se ao longo do próximo ano. Eventualmente só vai estar reposta a normalidade na produção automóvel em 2023”, estima o responsável. Paulo Moura acredita que este cenário vai continuar a provocar a mesma tendência que se registou até este ano, ou seja, “uma subida generalizada dos preços”. “A realidade é que não há frota suficiente para a procura registada. Julgamos que há necessidade de corrigir o preço do mercado. Temos sido francos com os nossos clientes, essa correção vai ter que existir. O custo da frota está a aumentar radicalmente, vamos ter que repercutir esse aumento”, concluiu.

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