Quinta-feira, Novembro 13, 2025
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FESAHT critica decisão “lamentável” da AHRESP em recusar acordo sobre aumento salarial

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A Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) considera “lamentável” que a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) se tenha recusado “pelo segundo ano consecutivo” a celebrar um acordo de atualização salarial para os trabalhadores do setor.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira, 25 de junho, a FESAHT, afeta à CGTP, sublinha que a falta de acordo deixa milhares de trabalhadores sem atualização salarial em 2025 e a auferir o salário mínimo nacional ou valores muito aproximados, incluindo “trabalhadores com antiguidades de mais de 30 anos em hotéis de 5 estrelas”, o que contrasta “com a boa situação” que o setor vive, numa alusão às receitas nas dormidas e vendas na restauração.

“Temos vindo a assistir a uma falsa campanha levada a cabo pela AHRESP, referindo que modernizou a regulamentação de trabalho no setor, mas o que constatamos é que essa modernização não é mais do que uma revisão nos acordos com a UGT que visa exclusivamente reduzir direitos e alterar a denominação das categorias profissionais com o objetivo de promover uma maior polivalência a troco de salários de miséria”, afirma a FESAHT.

Para a federação, é “inaceitável” que a AHRESP “tenha andado a adiar sucessivamente as reuniões que tinha agendado”, tendo em vista “a revisão dos CCT [contratos coletivos de trabalho] para os hotéis e restauração”. Neste sentido, acrescenta, fica “claro” que o “único objetivo” da associação era “fugir à negociação”.

“Não podemos aceitar que o setor continue a viver à custa dos baixos salários e das condições precárias e débeis de trabalho”, refere a FESAHT, que considera “escandaloso que um dos setores que mais tem crescido no nosso país, que mais contribui para o PIB nacional, que é utilizado como bandeira internacional, o turismo, continue a ser um setor que, produzindo muitos milhões de lucro para os patrões, continue a pagar tostões aos trabalhadores”.

A federação adianta ainda que “está a analisar a situação e vai decidir com os trabalhadores como abordar esta situação que, além de lamentável e injusta, é também insustentável”.

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