Numa era em que as empresas hoteleiras estão hiperfocadas no lucro, a ideia de uma transformação digital – termo usado para descrever a adoção de tecnologia para agilizar processos de negócios e inovação – é mais atraente do que nunca.
Numa sessão de webinar, organizada pela associação sem fins lucrativos HFTP, intitulada “The What, Why and How of Digital Transformation”, o moderador Daniel Connolly, professor da Drake University, disse que é importante entender exatamente o que é a transformação digital.
“Trata-se de reimaginar e repensar modelos de prestação de serviços, mapas de jornadas, cadeias de valor, fluxos de trabalho, métodos competitivos, etc”, afirma o moderador. “Está realmente a transformar a natureza de como o trabalho é feito, como é executado, que trabalho é feito e assim por diante.”
Alguns exemplos de como as empresas de hotelaria estão a colocar a transformação digital em prática:
Omni
A Omni Hotels & Resorts, cadeia americana com sede em Dallas, Texas, está profundamente envolvida no processo de reinventar os seus processos de reserva de grupos, com a prioridade de tirá-los do mundo físico e passá-los para o universo online. O diretor de vendas da Omni, Daniel Surette, menciona que esta é uma grande oportunidade de negócios, já que a Omni seria a primeira a comercializar as reservas de grupos online.
“Esta iniciativa é para os clientes que estão prontos para isso. Nem toda a gente está pronta para reservar eventos e reuniões online, mas a maré está a mudar e há adesão suficiente para avançarmos”, afirma Daniel Surette.
O foco da Omni Hotels, para os próximos cinco anos, são pequenas reuniões. As reservas de grupos online provavelmente não incluirão grandes convenções, feiras e exposições, ou mesmo casamentos, uma vez que este tipo de eventos requerem uma atenção mais individualizada.
O diretor de vendas observou que o processo de reserva, mesmo para pequenas reuniões, pode tornar-se complicado, “com um processo atualizado e simplificado seria semelhante a uma reserva de quarto online”. Daniel Surette menciona que “é muito mais rápido e eficiente para o cliente”.
À medida que a empresa avança no processo, Surette afirma que uma das suas maiores preocupações é manter o alto nível de conexão do cliente à marca Omni, ao mesmo tempo que fornece uma plataforma mais conveniente para o cliente e para os hotéis.
Legoland
James Barton, chefe global de transformação de negócios de hotéis da Merlin Entertainments, empresa que opera 130 atrações em todo o mundo, incluindo nove parques temáticos da Legoland, diz que a sua empresa identificou várias áreas que poderiam ser melhoradas através de uma componente digital.
Os resorts da empresa focam-se nas viagens de lazer em família, o que exige que os tempos de espera durante o check-in e check-out sejam reduzidos.
A empresa tem-se dedicado a encontrar soluções viradas para a tecnologia para muitos dos seus problemas, incluindo um processo de check-in online simplificado, que ajuda os hóspedes a passarem mais facilmente dos resorts para os parques temáticos, explica James Barton,
A experiência do hóspede da “próxima geração” da empresa inclui a capacidade para fazer check-in online até três dias antes da chegada, receber uma notificação de texto com um código QR quando o quarto está pronto e integrar a compra de alimentos e bebidas diretamente nos sistemas de reservas.