Terça-feira, Fevereiro 18, 2025
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Hoteleiros apontam taxa de ocupação no Natal “igual” ou “superior” a 2019

67% dos hoteleiros em Portugal afirma que a taxa de ocupação, durante a noite de natal de 2022, será “igual” ou “superior” a 2019, e 66% diz que o preço médio por quarto nesta data também está “melhor” ou “muito melhor” do que no ano pré-pandemia, anunciou Cristina Siza Vieira. A vice-presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) divulgou, esta quinta-feira, os resultados do inquérito “Perspetivas Natal & Réveillon”, composto por uma amostra de 407 estabelecimentos turísticos.

“O natal não é o período por excelência da hotelaria. Ainda assim, tem havido um crescimento interessante. Sabemos que neste momento almoços, jantares e festas de empresas procuram muito a hotelaria”, afirmou Cristina Siza Vieira, constatando que “ainda há muito por encher”.

O inquérito da AHP decorreu entre 2 e 12 de dezembro. No último dia do inquérito, a taxa de ocupação nacional para o período de natal era de 42%, “mas podemos vir a fechar o período com uma taxa de ocupação em todo o país de 59%”, revelou a vice-presidente.

As zonas do país que mais se destacam são Lisboa, com uma previsão de 66% de taxa de ocupação na noite de natal, e a Madeira, que prevê atingir uma taxa de 73%. As zonas do país que preveem ter menos ocupação na noite de natal são o Centro (51%) e o Norte (50%).

Comparativamente com a taxa de ocupação do ano passado, 44% dos inquiridos responderam que vão ter uma “melhor” taxa de ocupação este ano, 27% acreditam que será “muito melhor” e 18% que será “igual”. O que significa que os valores de 2021 serão superados para 89% dos inquiridos.

Cristina Siza Vieira recordou que em 2021 ainda existiam muitas “hesitações” relativamente à pandemia, recordando que nesta altura ainda era proibido circular entre concelhos.

Comparando com o ano pré-pandemia, 34% dos inquiridos disse que a taxa de ocupação este ano será “igual” a 2019, 33% afirmou que será “melhor” e 19% “pior”. Ou seja, 67% dos inquiridos indicaram que a taxa de ocupação este ano será igual ou melhor do que em 2019.

Destaca-se neste aspeto a região autónoma da Madeira, em que 70% dos inquiridos afirmou que a taxa de ocupação será “melhor” ou “muito melhor” este ano do que em 2019. No entanto, 30% dos participantes do inquérito, na região de Lisboa, ainda não atingiram, em termos de taxa de ocupação, os valores pré-pandemia.

Preço médio por quarto

O preço médio por quarto em todo o país, na noite de natal, é de 120€. As regiões com o preço médio por quarto mais elevado são Lisboa (166€), o Alentejo (142€) e a Madeira (113€). Pelo contrário, com os preços mais baixos nesta data estão os Açores (84€) e o Centro (89€).

“O Alentejo destacou-se e foi para o pontão da frente durante a pandemia. Tem sustentado um crescimento muito interessante. É um mercado mais ‘luxury’, mais exclusivo e procurado por quem tem maior poder de compra”, destacou Cristina Siza Vieira.

Comparando com o ano pré-pandemia, 56% dos inquiridos respondeu que o preço está “melhor” este ano do que em 2019, 20% disse que está “igual” e 10% “muito melhor”. Ou seja, o preço está “melhor” ou “muito melhor” para 66% de todos os inquiridos.

Dos dados recolhidos pela AHP, é de salientar que todos os inquiridos em estabelecimentos turísticos nos Açores (100%) disseram que o preço médio por quarto em 2022 é “igual” ou “superior” a 2019. Em Lisboa, também 75% dos inquiridos disseram que o preço está “melhor” ou “muito melhor” este ano comparativamente à pré-pandemia.

“Há pouco tinha dado nota que a região de Lisboa considerava que ainda estávamos aquém dos resultados de 2019 em termos de taxa de ocupação. No entanto, [os hoteleiros em Lisboa] já consideram que estaremos além dos resultados pré-pandemia em termos de preço”, notou a vice-presidente.

Principais mercados

Inquiridos sobre quais são os três principais mercados na noite de natal, 86% dos participantes colocou Portugal no top três de mercados emissores, 45% dos inquiridos colocou Espanha, 32% a França, 31% o Reino Unido, 27% os EUA e 24% a Alemanha.

“27% dos inquiridos colocou os EUA no top três de mercados emissores, o que já tem expressão e é algo que para nós, mais uma vez, prova que esta aposta no mercado norte-americano está a ter resultado”, concluiu Cristina Siza Vieira.

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