A Iberia apresentou o seu novo uniforme, a 1 de junho, desenhado por Teresa Helbig, que já está a ser utilizado pela sua tripulação e pessoal de cabine no aeroporto de Madrid. Paralelamente, a companhia aérea, em conjunto com a Envera, lançou a Association of Iberia Employees – Parents of People with Disabilities, um projeto sem fins lucrativos que procura dar uma segunda vida aos uniformes anteriores e que proporcionará emprego a pessoas com deficiência.
O projecto aborda tanto questões ambientais como sociais. Por um lado, baseia-se na economia circular, que otimiza a utilização de materiais e produtos, aplicando a filosofia da redução, reutilização e reciclagem. Por outro lado, proporcionará emprego a pessoas com deficiência, através do Envera.
Em média, cada funcionário da Iberia possui catorze artigos de vestuário e acessórios, o que representa mais de 50 toneladas de produtos têxteis. As duas primeiras toneladas destas peças de vestuário já foram recolhidas e classificadas, para que possam ser doadas ou transformadas noutros materiais.
Reduzir, Reutilizar e Reciclar
80% do uniforme antigo encontrará uma segunda vida através de doações caritativas, que contribuirão para melhorar as vidas de pessoas vulneráveis e de refugiados, de acordo com a Iberia. Especificamente, vão para projetos sociais em Espanha, organizados pela Cruz Vermelha, Cáritas Diocesana, CEAR, Mensajeros de la Paz, Fundación Hospital San José, Mundo Justo e Fundación Atenea, bem como programas de cooperação internacional para o desenvolvimento da AUDE, Equipo Vicente del Bosque no Senegal, Hombre Nuevo Tierra Nueva, Voluntários para África, Humana People to People Foundation e a ONG Mano.
20% do vestuário que não pode ser reutilizado será reciclado noutros materiais. Os materiais que serão descartados vão ser utilizados para a recuperação de energia, como combustível.
Neste sentido, a Iberia Airport Services está também a levar a cabo uma iniciativa sustentável para reciclar as suas camisas polo vermelhas, as quais, sendo inteiramente feitas de algodão, podem ser completamente recicladas. O fio será utilizado em oficinas locais e de inclusão para fazer novas camisas polo para o staff do aeroporto.
Desta forma, a companhia aérea põe em foco o novo modelo económico de redução, reutilização, e reciclagem, como parte de um sistema de reuso, que contribui para a utilização racional dos recursos naturais sem comprometer o futuro da próxima geração.
A reutilização dos têxteis contribui também para a luta contra as alterações climáticas: por cada quilograma de vestuário que é reposto, 6,1 kg de emissões de CO2 são cortados, de acordo com um estudo da Humana People to People Foundation.

