Sexta-feira, Dezembro 6, 2024
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Indústria de cruzeiros compromete-se a redução de 40% na taxa de emissões de carbono até 2030

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Implementar práticas de turismo responsável e a aposta no progresso contínuo do desenvolvimento de novas tecnologias ambientais fazem parte do compromisso dos associados da Cruise Lines International Association. Estes comprometem-se ainda a descarbonizar as operações de navios, estabelecendo uma meta de cruzeiros com emissão zero até 2050.

“Embora o nosso setor tenha sido um dos mais afetados pela pandemia, as companhias de cruzeiro permanecem na vanguarda do desafio de desenvolver novas tecnologias ambientais que beneficiem todo o setor da navegação”, afirmou Kelly Craighead, presidente e CEO da Cruise Lines International Association (CLIA). “A nossa indústria está empenhada em atingir a neutralidade carbónica nas operações de navios até 2050, e a CLIA e as nossas companhias de cruzeiros associadas já estão a investir em novas tecnologias e combustíveis mais limpos para concretizar este desiderato.”

O Inventário de Tecnologias e Práticas Ambientais da CLIA e o respetivo Relatório Ambiental elaborado pela Oxford Economics indicam que a indústria já está a sustentar esta evolução.

Pierfrancesco Vago, presidente da CLIA Global, sublinha que se sabe “que ainda temos muito trabalho pela frente, mas a indústria de cruzeiros tem demonstrado tanto o seu compromisso como a sua capacidade de enfrentar o desafio. A indústria de cruzeiros é um impulsionador da inovação marítima verde, que será fundamental para a descarbonização do transporte marítimo.  Foi o que levou a CLIA a juntar-se a outras organizações marítimas no sentido de propor um fundo de investigação e desenvolvimento no valor de 5 mil milhões de dólares, a ser gerido pela OMI, para fomentar o desenvolvimento de combustíveis e tecnologias de propulsão que não causem qualquer aumento dos gases com efeito de estufa.”

De acordo com o relatório, as companhias de cruzeiro transoceânicas da CLIA continuam a registar progressos substanciais em várias áreas, como seja a capacidade de alimentação a partir da rede elétrica terrestre, na qual as companhias estão a realizar investimentos significativos para os navios de cruzeiro poderem receber energia diretamente da rede elétrica terrestre, o que permitirá desligar os motores quando os navios estiverem atracados. “Embora seja necessário um investimento significativo em infraestruturas portuárias, existem bastantes parcerias entre companhias de cruzeiro, portos e autoridades locais que permitem aumentar a disponibilidade”, destaca o relatório. Neste âmbito, 82% da nova capacidade de construção assumiu o compromisso de ficar equipada com capacidade de alimentação a partir da rede elétrica terrestre ou será configurada de modo a poder receber essa energia no futuro, enquanto ainda 35% da capacidade global (até 2,3 pontos percentuais desde 2020) estão equipados para operar com eletricidade da rede terrestre nos 14 portos em todo o mundo onde essa capacidade é fornecida em pelo menos um posto de acostagem.

O relatório de 2021 dá conta de que 52% da nova capacidade de construção irá utilizar combustível GNL para propulsão primária, o que representa um aumento de 3 pontos percentuais da capacidade global em comparação com 2020.

Foi concluído ainda que mais de 76% da capacidade global utiliza sistemas de limpeza de gases de escape (EGCS) de modo a cumprir ou ir além dos requisitos em matéria de emissões atmosféricas, o que representa um aumento de capacidade de 7 pontos percentuais em relação a 2020. Além disso, 94% das novas construções não GNL terão EGCS instalados, em linha com o já elevado nível histórico de investimentos.

100% dos novos navios encomendados têm também sistemas avançados de tratamento de águas residuais, e atualmente 74% da capacidade da frota de cruzeiros transoceânicos da CLIA é servida por sistemas avançados de tratamento de águas residuais (um aumento de 4 pontos percentuais em relação a 2020).

Apesar desta evolução já registada, as companhias de cruzeiro dos associados da CLIA comprometeram-se com uma redução de 40% na taxa de emissões de carbono em toda a frota global até 2030, em comparação com 2008, em consonância com as expetativas de redução da intensidade de carbono da Organização Marítima Internacional (OMI).

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