Segunda-feira, Setembro 9, 2024
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Investidores procuram hotéis de luxo em Espanha mas há “escassa oferta” no país

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De um total de 14.396 estabelecimentos hoteleiros abertos em Espanha em abril, apenas 339 eram de 5 estrelas, segundo a última Situação do Turismo Hoteleiro do INE, confirmando a “escassa oferta e a margem de crescimento da hotelaria de luxo no país”. A Colliers e a Blasson Property Investment asseguram que o interesse dos investidores “é extremamente elevado”, mas enfrentam um problema: não há produto. Como resultado, o país está a perder um mercado de alto impacto, avança o Hosteltur.

O turismo do segmento topo de gama, em Espanha, gera 25.000 milhões de euros por ano e 26% dos gastos vão para o alojamento, segundo a Bain & Company, mas em abril deste ano apenas 2% da oferta hoteleira era de 5 estrelas. Isto porque “o mercado do luxo é um assunto pendente” em Espanha, e nas Baleares em particular, segundo Francisco Meliá, chefe das relações empresariais e de investidores da Blasson Property Investment.

“Temos de cobrir uma procura que não está a ser satisfeita”, diz Antonio Pan de Soraluce, sócio fundador da Blasson Property Investment, que no ano passado adquiriu o hotel Punta Negra, em Mallorca, por 180 milhões de euros. “Há muito espaço para continuar a investir, mas é difícil encontrar oportunidades porque elas convergem em quatro mercados, que são as Ilhas Baleares, Madrid, Barcelona e a Costa do Sol. Isto significa que há pressão para os locais, o que é tremendamente difícil de cobrir”, explica.

Laura Hernando, diretora geral de hotéis da Colliers recordou que “foi preciso a chegada de um veículo como o Hispania, e sobretudo de um grande investidor como o Blackstone, para nos posicionar como uma referência onde se podia comprar um hotel e mais tarde vendê-lo. Isto começou com o segmento urbano e demorou um pouco mais a chegar ao segmento de férias. Dentro deste, o segmento de luxo, devido à forma como a oferta hoteleira foi configurada, era residual. Antes da pandemia, vimos que apenas 20% das compras eram hotéis de 5 estrelas ou de luxo.

Como tal, investidores dispostos a entrar no setor hoteleiro de luxo “têm que procurá-los fora da Espanha”, acrescenta.

Devido à incerteza causada pela inflação, “valorizar um hotel hoje é mais difícil do que há alguns anos atrás, porque não podemos ter uma imagem ao nível dos custos. O normal é que, perante a incerteza, o investimento seja retirado, mas vemos a pressão da liquidez para entrar no setor hoteleiro. E o que o luxo oferece é a facilidade de repercussão dos aumentos das tarifas”, conclui Laura Hernando.

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