A presidente-executiva da KLM, Marjan Rintel, expressou profunda preocupação perante a recente decisão da Segunda Câmara do Parlamento dos Países Baixos de aprovar uma proposta que visa implementar um imposto sobre passageiros em trânsito no aeroporto de Schiphol, em Amesterdão. Rintel considera esta medida “incompreensível e extremamente preocupante”, salientando as potenciais implicações tanto para a companhia aérea como para a nação.
A presidente da KLM alertou para o facto de que, se esta proposta for aprovada, terá um impacto grave nos voos com partida de Schiphol. “Isso teria um impacto negativo nas ligações dos Países Baixos com o resto do mundo. Somos o único país no mundo a considerar tal taxa. Isso significaria que apenas os passageiros em trânsito através de Schiphol seriam sobrecarregados com um imposto adicional nos seus bilhetes de avião, ao contrário do que ocorre noutros aeroportos europeus”, frisou.
“Qualquer viajante que opte por este aeroporto tem alternativas: Frankfurt, com a Lufthansa; Londres, com a British ou a Virgin; Paris com a Air France; ou mesmo Madrid com a Iberia, embora apenas para determinados destinos. E se as alternativas são mais baratas, porquê passar por Amesterdão?”, questionou Rintel.
Um estudo realizado pelo instituto CE Delft indicou que a introdução deste imposto poderia resultar numa redução de até 34% no número de passageiros em trânsito. Tendo em conta que seis em cada dez clientes da KLM são passageiros em trânsito, Marjan Rintel conclui que esta medida teria um impacto substancial nos negócios da companhia aérea. Adicionalmente, Rintel recorda que “a partir de janeiro, os preços dos bilhetes de avião já estão previstos aumentar significativamente, entre 80 e 100 euros, devido ao aumento do imposto sobre o CO2 e de outras medidas climáticas europeias. Isso resultaria numa acumulação de impostos, afastando assim os passageiros para aeroportos estrangeiros, o que não contribui para um setor de aviação mais sustentável”.
A presidente da KLM também expressou preocupações de que, como resultado desta medida, os passageiros holandeses possam perder a capacidade de voar diretamente para determinados destinos a partir de Schiphol. “Schiphol desempenha um papel crucial na nossa economia e contribui de forma significativa para o elevado padrão de vida no nosso país. O Parlamento está a cometer um erro com esta proposta insensata, que não beneficia ninguém”, defendeu.
Marjan Rintel concluiu que a empresa continuará a pressionar os partidos políticos sobre as potenciais consequências negativas desta medida tributária, tanto durante as eleições como no Senado após as eleições.






