A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) propôs 13 medidas para os partidos políticos, no âmbito das eleições legislativas de 18 de maio, com destaque para a taxa intermédia de IVA nas bebidas e a redução da TSU.
Em comunicado, a AHRESP refere que, apesar de 2024 ter sido um ano recorde em número de hóspedes, dormidas e receitas turísticas internacionais, estes números “não refletem as dificuldades enfrentadas pelas empresas da restauração, sobretudo as localizadas fora das zonas de maior afluência turística”. Para a associação, “o início de 2025 confirma um agravamento dessa realidade”.
A AHRESP sublinha que “os negócios continuam pressionados por elevados custos de produção, carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho, encargos financeiros associados a empréstimos contraídos durante a pandemia e dificuldades na contratação de trabalhadores”.
Neste contexto, a associação defende um conjunto de 13 medidas “urgentes” que quer ver concretizadas na próxima legislatura, com vista a apoiar a “sustentabilidade das empresas” e promover “a sua capacidade de gerar riqueza e de valorizar o emprego”.
Entre as propostas apresentadas, a entidade considera prioritária a reposição da taxa intermédia de IVA nas bebidas ainda excluídas, como os refrigerantes e as bebidas alcoólicas, uma “medida essencial para aliviar a pressão sobre as tesourarias dos setores AHRESP”.
A AHRESP propõe também a redução da Taxa Social Única (TSU) a cargo das empresas pelos rendimentos de trabalho dos seus colaboradores, “promovendo a melhoria das condições salariais, a atração e retenção de talento”.
Outra das medidas centra-se em programas de dinamização para os territórios de baixa densidade, com “especial foco” nas micro e pequenas empresas dos setores da restauração e do alojamento, “que se traduza num verdadeiro ‘Choque Fiscal’” para estas zonas, “através de um desagravamento efetivo e generalizado das taxas e impostos”.
Além disto, a AHRESP propõe medidas na área do investimento, com o apelo a programas de reforço à capitalização das empresas e de apoio ao investimento, e no emprego, onde pedem a redução do IRS e programas de apoio à integração de imigrantes.
A associação recomenda ainda aos partidos excluir do âmbito da contribuição sobre embalagens de utilização única aquelas utilizadas no regime de ‘drive thru’ e no regime ‘delivery’.