O Lufthansa Group alcançou receitas recorde de 11,2 mil milhões de euros no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 4% face ao ano anterior e o valor trimestral mais elevado na história do grupo. O lucro operacional manteve-se em 1,3 mil milhões de euros, em linha com 2024, enquanto a companhia aérea alemã mantém as previsões de um aumento significativo dos lucros no conjunto do ano, apoiadas num controlo de custos mais rigoroso e numa procura estável no segmento premium.
De acordo com os resultados divulgados pelo grupo, o lucro operacional (EBIT ajustado) manteve-se estável em 1,3 mil milhões de euros, com uma margem operacional de 11,9%, ligeiramente abaixo dos 12,5% registados em 2024. Por outro lado, entre janeiro e setembro, o lucro operacional acumulado atingiu 1,5 mil milhões de euros, mais 300 milhões do que no mesmo período do ano anterior.
“Tivemos o melhor verão da última década em termos operacionais, com uma regularidade superior a 99% e uma melhoria de dois dígitos na pontualidade”, destacou Carsten Spohr, CEO da Deutsche Lufthansa AG, sublinhando também o “aumento da satisfação dos passageiros e dos colaboradores em níveis recorde”.
O responsável afirmou ainda que 2025 marca “um ponto de viragem positivo”, com custos unitários a evoluírem favoravelmente na segunda metade do ano, resultado da aplicação rigorosa do programa de reestruturação Lufthansa Airlines Turnaround Program.
Performance por áreas de negócio
As companhias aéreas de passageiros do grupo transportaram 42 milhões de viajantes no terceiro trimestre (mais 2 milhões do que no ano anterior) e alcançaram uma taxa de ocupação de 87,5%. O lucro operacional deste segmento ascendeu a 1,2 mil milhões de euros.
A Lufthansa Cargo manteve o bom desempenho do primeiro semestre, com um lucro operacional de 49 milhões de euros (face a 38 milhões em 2024), beneficiando da procura sólida e de uma estratégia focada em crescimento rentável.
Já a Lufthansa Technik registou um recuo nos lucros, para 130 milhões de euros (menos 31 milhões face ao período homólogo), devido ao impacto de tarifas e efeitos cambiais adversos.
De acordo com Till Streichert, CFO do grupo, a procura de passageiros deverá “fortalecer-se novamente no quarto trimestre”, especialmente nas rotas transatlânticas e europeias. O grupo prevê encerrar 2025 com um lucro operacional superior aos 1,6 mil milhões de euros registados em 2024, mantendo um fluxo de caixa livre semelhante ao do ano anterior, entre 2,7 e 3,3 mil milhões de euros em investimentos líquidos para renovação da frota.
