As manifestações em França levaram a uma queda de cinco pontos, em apenas uma semana, do Índice de Perceção de Segurança, revela um estudo da Mabrian Technologies, empresa líder em inteligência de viagens. Esta descida, que prejudica a imagem de segurança do país, representa o nível mais baixo desde o início de 2023.
A França registou duas vagas de protestos violentos desde o início do ano, com o índice de Perceção de Segurança a cair dois pontos durante a segunda quinzena de março. Esta queda justifica-se pelos vários incidentes violentos relacionados com os protestos sobre a reforma das pensões.
A França é atualmente o país europeu com o Índice de Perceção de Segurança mais baixo entre os seus países vizinhos, estando sete pontos atrás dos Países Baixos, seis pontos atrás da Itália, quatro pontos atrás de Espanha e três pontos atrás do Reino Unido.
O declínio do índice de Perceção de Segurança afetou todas as principais cidades francesas. Marselha perdeu 47 pontos na última semana, seguida de Lyon com uma perda de 19 pontos e Nice com uma queda de oito pontos. Apesar de Paris não ser a cidade mais afetada pelo declínio, regista uma perda de seis pontos, um ponto acima da média nacional francesa.
A situação atual suscita preocupações, uma vez que Paris está programada para acolher os Jogos Olímpicos em 2024. “A instabilidade e a falta de confiança dos viajantes podem ter um impacto significativo no sucesso do evento”, explica a Mabrian em comunicado.
“É muito importante compreender e monitorizar a perceção de segurança que um destino turístico gera entre os seus visitantes e potenciais viajantes. Este aspeto é, sem dúvida, a primeira consideração dos viajantes quando decidem visitar ou não um local. No caso da França, a acumulação de diferentes episódios num curto período pode ter um impacto significativo na perceção, projetando uma imagem contínua de instabilidade. No entanto, é essencial analisar a perceção de segurança para cada mercado separadamente, uma vez que cada caso será diferente, exigindo medidas específicas para recuperar a confiança”, refere Carlos Cendra, sócio e diretor de marketing da Mabrian.