Segunda-feira, Setembro 16, 2024
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Mário Azevedo Ferreira deixa NAU Hotels & Resorts e vai integrar novo grupo hoteleiro com capitais estrangeiros

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Ao fim de 10 anos, Mário Azevedo Ferreira vai deixar o cargo de CEO da cadeia NAU Hotels & Resorts para integrar um novo grupo hoteleiro em Portugal com capitais provenientes do Canadá e Singapura, que irá chamar-se Path Global Hotels & Resorts. Mário Azevedo apresentou a demissão de todos os cargos de administração no início do mês de setembro e terminará a sua colaboração com a NAU Hotels & Resorts no próximo dia 31 de outubro.

Em declarações ao TNews, Mário Azevedo Ferreira revela que este novo grupo hoteleiro, do qual será presidente executivo, prevê um desenvolvimento “relativamente rápido em Portugal através de aquisições e construções”. “Será um novo grupo hoteleiro, com hotéis em propriedade e em gestão, associados a cadeias hoteleiras internacionais, porque acreditamos que seja um fator importante para a projeção de Portugal. É um fenómeno que tem vindo a acontecer nos últimos tempos, o interesse das cadeias hoteleiras internacionais pelo nosso país tem vindo a crescer, é um bom sinal, creio”.

O novo grupo terá a designação de Path Global Hotels & Resorts e conta apenas com capitais estrangeiros. “Não há nenhum investidor português”, afirma. O grupo vai iniciar a sua presença pelo Algarve, região onde já efetuou aquisições, nomeadamente em Alvor e Carvoeiro, adianta Mário Azevedo Ferreira. “O grupo está também a olhar para as regiões do país com maior atratividade turística e à procura de oportunidades de investimento”.

O modelo deste novo grupo hoteleiro prevê o desenvolvimento e exploração de hotéis, seja através de propriedades existentes que serão remodeladas, ou propriedades para desenvolver de raiz.

Sobre estes dez anos à frente da NAU Hotels & Resorts, Mário Azevedo Ferreira afirma “que é um ciclo que termina”, tendo sido “cumprido com bastante sucesso”.
 
“São dez anos de um trabalho que muito nos orgulha quer da equipa de gestão, executiva, e de todos os colaboradores”, começa por dizer. “Conseguimos pegar num grupo económico, praticamente falido, com hotéis fechados, vandalizados, criar uma nova marca e colocá-la no mapa”, recorda. “No início, além das dificuldades relacionadas com o facto dos hotéis estarem fechados, com um grau de toxicidade elevado, devido aos problemas que a anterior marca tinha enfrentado, enfrentámos por parte da indústria uma enorme desconfiança por sermos um modelo de propriedade que era visto como competição injusta, e de inclusivamente termos sido muitas vezes vistos como não experientes na hotelaria e no negócio. Conseguimos impor uma nova marca, ganhar o respeito de todos, e todos perceberam que estavam errados nessas críticas e apreciações”.

Olhando para o passado recente da NAU Hotels & Resorts, Mário Azevedo Ferreira sublinha que o trabalho conjunto entre a equipa executiva e a Sociedade Gestora do Fundo de Investimento, ECS Capital, “permitiu concluir o processo para o qual tínhamos um mandato, ou seja, recuperar os hotéis que integraram o portefólio do fundo, valorizá-los e permitir aos acionistas [bancos] que os conseguissem colocar no mercado e recuperar o investimento. Digamos que é um ciclo que termina e que é cumprido com bastante sucesso. Vai iniciar-se um novo ciclo com a venda desses ativos e com a exploração a cargo de uma empresa norte-americana”. 

A assinatura de venda da carteira de ativos da ECS foi anunciada em 2021 e a sua concretização deve ficar concluída até ao final do ano. “Entendi que, por um lado terminava um ciclo, que poderia eventualmente fazer parte desse novo ciclo que se vai iniciar no final do ano, mas tendo recebido uma proposta muito interessante e desafiante por parte de um novo investidor, decidi aceitar”, conclui.

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