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Mega projeto da Matinha: Depósitos de Gás dão lugar a hotel

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A fábrica de gás da Matinha, localizada na freguesia de Marvila, em Lisboa, operou por mais de cinco décadas, desde a sua inauguração em 1944 até ao fim dos anos 90. Embora tenha encerrado as atividades há mais de 20 anos, a demolição das instalações industriais só ocorreu em 2006. Agora, este local histórico passará por uma grande reconversão urbanística, segundo informações do “Observador”.

O terreno, que será alvo de um processo de descontaminação com duração prevista de 12 meses, dará lugar a um dos maiores projetos residenciais de Lisboa, com um investimento estimado de 320 milhões de euros.

Recorde-se que os terrenos da Matinha estiveram sob posse de Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Sport Lisboa e Benfica. Em 2012, o controlo dos ativos passou para o Grupo Espírito Santo (GES), e mais tarde adquiridos pela VIC Properties. Esta empresa de promoção imobiliária está agora a preparar a segunda fase do projeto, que incluirá 702 apartamentos em uma área de 20 hectares.

O loteamento contará com cerca de 92 mil metros quadrados destinados à habitação, quase 20 mil metros quadrados para comércio e 15 mil metros quadrados dedicados ao turismo. Três dos quatro gasómetros da antiga fábrica serão preservados e integrados na arquitetura dos novos edifícios, mantendo assim uma ligação à história industrial do local. Dois desses gasómetros serão convertidos num hotel, enquanto o terceiro será entregue à Câmara Municipal de Lisboa para utilização pública. O quarto gasómetro será demolido.

Este loteamento, que corresponde a aproximadamente 38% da área total do plano de pormenores da Matinha, será uma extensão do Prata Riverside Village, um projeto também desenvolvido pela VIC Properties. Existe ainda a possibilidade de construção de uma estufa, embora esse projeto dependa da aprovação da autarquia.

Considerado “a maior e mais significativa requalificação urbana financiada por capitais privados desde a Expo 98”, o projeto abrange os loteamentos A, B e C da Matinha, com a VIC Properties a deter 100% dos dois primeiros e 25% do terceiro.

O loteamento A, que passou por consulta pública em 2019, está dividido em três zonas, com mais de 80 mil hectares: a Zona A, onde será erguida uma nova catedral de Lisboa; a Zona B, destinada a seis quarteirões residenciais; e a Zona C, que incluirá quatro parcelas para habitação e atividades econômicas, além de 771 novas unidades habitacionais.

O loteamento B, uma das fases cruciais da operação de requalificação urbana, visa converter áreas industriais abandonadas em novas zonas residenciais. Com uma área de quase 100 mil metros quadrados, esta fase do projeto, que entra agora em consulta pública, abrange 12 lotes: sete para uso misto, três para habitação, um para o setor terciário e um para turismo. O desenvolvimento está previsto para um período de 10 anos e conta com um investimento de 320 milhões de euros.

Na área residencial a leste, serão construídos edifícios de até sete andares, enquanto a oeste, estão planeadas quatro torres habitacionais de 18 a 21 andares, além de edifícios mais baixos para atividades económicas.

A intervenção também incluirá infraestruturas de uso coletivo, como um parque de estacionamento público e um parque urbano com espaços verdes em uma área de 16 mil metros quadrados.

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