O grupo Meliá Hotels International anuncia que no primeiro trimestre de 2022 quase quadruplicou as receitas do primeiro trimestre do ano passado. Após uma “Páscoa muito positiva”, a cadeia hoteleira espanhola espera terminar o ano “acima dos níveis de 2019 ao nível das férias”.
O grupo Meliá apresentou os seus resultados do primeiro trimestre na segunda-feira, 9 de maio. “Um período que, embora afetado pela variante Ómicron até meados de fevereiro, conseguiu retomar a tendência positiva em março, com uma forte reativação das reservas que se manteve, praticamente, apesar da crise provocada pela invasão da Ucrânia”, explica o grupo em comunicado.
Assim, dois anos após a declaração da pandemia, “o mês de março de 2022 está a configurar-se para ser o ponto de viragem definitivo após a pandemia, que marca o início de uma recuperação sólida e acelerada do setor hoteleiro, que é também acompanhada por uma reativação acelerada das viagens aéreas e de outros intervenientes, tais como agências e operadores turísticos”.
Desta forma, o grupo já atingiu em abril o nível RevPAR registado no mesmo mês de 2019 (pré-covid-19), “graças sobretudo à melhoria dos preços médios, especialmente notáveis no segmento das férias”.
Marcos atingidos no primeiro trimestre do ano
Um dos marcos destacados, durante o primeiro trimestre do ano, foram as receitas do grupo que atingiram 271,4 milhões de euros, (255,5%) permanecendo apenas a -30,9% em comparação com 2019, “apesar da Ómicron”. Além disso, o Ebitda (22,7 milhões de euros) “consolida a sua tendência positiva” e o rendimento médio por quarto (RevPAR) melhora em +167,5% em relação ao alcançado em 2021.
Paralelamente, as vendas do MeliaPro “superaram 2021 em +132%, colocando o portal apenas -12% abaixo de 2019”. A digitalização permitiu, ainda, ao grupo otimizar as taxas e aumentar o valor dos seus investimentos na melhoria de produtos, em marcas e experiências.
Relativamente aos resultados financeiros, a empresa informa que encerrou o trimestre com mais de 310 milhões de euros de liquidez e “está confiante de que este será o último trimestre com um resultado líquido negativo”.
Estratégia de expansão
Na área da expansão, a cadeia hoteleira planeia inaugurar 45 hotéis, com mais de 8.000 quartos, ainda este ano “principalmente sob gestão e modelos de franchising, nos principais destinos do Mediterrâneo, Caraíbas, Médio Oriente e Sudeste Asiático”.
A este respeito, a empresa assinou 45 novos hotéis desde outubro de 2021 e está a expandir a sua aliança com a Vinpearl no Vietname, com a qual irá operar 15 hotéis com 4.400 quartos.
Previsões para a época de 2022
Em relação às previsões da Meliá para a época, “esperamos um segundo trimestre semelhante a março, com um crescimento semanal das reservas para hotéis de férias e um movimento crescente nos segmentos de grupos, congressos e clientes empresariais, graças ao relaxamento das restrições e à confirmação dos eventos na maioria dos espaços urbanos”.
Para o ano como um todo, o grupo espera recuperar a lacuna que os meses de janeiro e fevereiro representaram devido ao impacto da variante Ómicron, e encerrar 2022 como um ano que lança as bases para uma recuperação plena até aos níveis pré-pandémicos, que a cadeia hoteleira espera atingir em 2024.
Compromisso com o segmento de luxo
“A recuperação do grupo é impulsionada pela forte melhoria das tarifas, sustentada pela nossa sólida estratégia digital – com notáveis avanços nos canais de vendas e um novo website que será lançado no segundo trimestre -, graças aos investimentos feitos na melhoria do nosso produto e ao nosso compromisso com o segmento premium e de luxo”, afirma Gabriel Escarrer Jaume, Vice-Presidente Executivo e CEO da Meliá Hotels International.
“Tudo isto reafirma o sucesso dos nossos esforços nos últimos anos em termos de digitalização, marcas e experiências, sustentabilidade e compromisso com o talento, e ajuda-nos a expandir, oferecendo a nossa capacidade comercial e digital, as nossas marcas e/ou os nossos sistemas de gestão a hotéis independentes e cadeias de pequena e média dimensão, numa perfeita situação “win-win”, complementa o CEO.