O Governo de Moçambique anunciou que vai alargar a isenção de vistos, que atualmente se aplica a cidadãos de 29 países, incluindo Portugal, para atrair mais turistas, segundo a ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula.
“Sim, estamos a trabalhar para podermos ver e incrementar mais países. Os números estão ainda na mesa, não me vou adiantar antes da aprovação, mas estou segura que será em breve”, revelou à Lusa a ministra, à margem da 10.ª edição da Feira Internacional de Turismo – Fikani, que está a decorrer em Maputo até domingo, dia 11 de agosto.
Em dezembro de 2022, Moçambique introduziu o Visto Eletrónico (e‐Visa) e, no início de maio de 2023, avançou com a isenção de vistos para 29 países considerados de baixo risco de imigração ilegal, incluindo Portugal.
Na altura, o Governo procedeu também à revisão da medida de concessão de vistos de investimentos para temporadas mais alargadas aos cidadãos estrangeiros com investimentos no país, simplificando também os requisitos de atribuição, acrescenta a Lusa.
Em declarações aos jornalistas, Eldevina Materula adiantou que o Governo visa alargar a isenção de vistos para mais países, tendo como objetivo a “atração de mais turistas”, na sequência da reação “positiva” que teve dos países da região da África austral, tendo em conta a anterior decisão de facilitação da entrada de turistas de 29 países.
“O Governo está neste momento a trabalhar no balanço e na revisão deste processo, que, posso desde já dizer, é bastante positivo e satisfatório”, afirmou a ministra da Cultura e Turismo.
Na cerimónia de abertura da Feira Internacional de Turismo de Moçambique (Fikani), o setor privado pediu ao Governo “abertura do país ao mundo”, de modo que os empresários consigam “vender os seus produtos”.
“É a nossa crença de que quanto mais países tiverem isenção de vistos mais turistas terão a oportunidade de visitar o país”, disse à Lusa o presidente da Federação Moçambicana de Turismo, Vasco Manhiça.
Noor Momade, o presidente do conselho de administração da maior agência de viagens moçambicana, a Cotur, solicitou ao executivo que as portas do país não fossem abertas a “países com problemas de migração”, realçando a necessidade de assegurar a segurança dos empresários e turistas.
Em 2023, Moçambique recebeu mais de um 1,1 milhões de turistas, sendo os portugueses os segundos que mais gastaram, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).






