As receitas de Moçambique com turistas estrangeiros ultrapassaram os 200 milhões de euros em 2024, mas o Governo prevê chegar aos 360 milhões de euros em 2029, com a contribuição do setor a aumentar para 6% do PIB.
“Atrair grandes eventos internacionais, posicionando o país como um destino atrativo para o turismo de negócios e de eventos e outros investimentos”, e “fomentar mecanismos de marketing turístico, com forte aposta na componente digital” são algumas das prioridades definidas pelo Governo para o setor no Programa Quinquenal do Governo (PQG) 2025-2029.
Trata-se do PQG do Executivo liderado pelo presidente Daniel Chapo, investido nas funções em janeiro último e que vai ser discutido durante a primeira sessão parlamentar desta legislatura, que arranca hoje em Maputo.
“Requalificar e reestruturar” os destinos turísticos para promover oportunidades de investimento em turismo e “incentivar o investimento público-privado em infraestruturas que potenciem o turismo”, são outras prioridades do PQG até 2029.
A Lusa noticiou em fevereiro passado que quase 210 empreendimentos no setor do turismo entraram em funcionamento em Moçambique em 2024, apesar da retração na área devido à tensão pós-eleitoral que se verifica desde outubro em todo o país.
De acordo com dados da execução orçamental de janeiro a dezembro, no setor do turismo “entraram em funcionamento 208 empreendimentos”, dos quais 68 alojamento.
Contudo, no final de dezembro, os empresários moçambicanos estimaram em pelo menos 500 milhões de meticais (7,5 milhões de euros) os prejuízos no turismo, com cancelamento de reservas turísticas devido aos protestos pós-eleitorais no período do Natal e passagem de ano.
“Estima-se em aproximadamente 500 milhões de meticais (7,5 milhões de euros) devido a estarem a ocorrer em plena época alta do turismo em Moçambique, que é verão e época festiva”, disso na altura à Lusa o responsável pelo pelouro da Hotelaria, Restauração e Turismo da Confederação das Associações Económicas, Muhammad Abdullah.