Nos primeiros nove meses do ano, Moçambique recebeu nove navios de cruzeiro, com cerca de 4.500 turistas, nomeadamente em Maputo. Os passageiros são sobretudo provenientes de países asiáticos e europeus.
De acordo com um relatório da execução orçamental dos primeiros nove meses de 2024, ao qual a Lusa teve acesso, os nove navios de cruzeiro que fizeram escala em Moçambique movimentaram 4.492 passageiros, “tendo desembarcado 2.069 que visitaram as atrações turísticas e degustaram da gastronomia típica”.
No período em análise, entraram em funcionamento em Moçambique 157 empreendimentos turísticos, dos quais 46 são de alojamento, 83 de restauração e bebidas e 28 agências de viagens.
Salienta-se que os números são anteriores ao período pós-eleitoral em Moçambique, com manifestações e paralisações generalizadas desde 21 de outubro. Os empresários moçambicanos já alertaram para o cancelamento de reservas e redução “da confiança” dos turistas, em consequência da contestação gerada pelos resultados das eleições gerais de 9 de outubro.
“Esta situação das manifestações é má para o país, para a economia e para o turismo em especial, porque as reservas estão a ser canceladas por completo, o índice de confiança dos turistas fica afetado”, disse o responsável pelo pelouro da Hotelaria, Restauração e Turismo da Confederação das Associações Económicas (CTA), Muhammad Abdullah, em declarações à Lusa.