Sexta-feira, Março 29, 2024
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Moedas espera que “instabilidade” no Governo não afete decisão sobre futuro aeroporto de Lisboa

O presidente da Câmara de Lisboa disse esta quarta-feira esperar que a “instabilidade” criada no Governo não tenha impacto em projetos de habitação e infraestruturas, afirmando que a decisão sobre o futuro aeroporto tem que ser tomada este ano.

“Espero que não haja aqui, com esta instabilidade – obviamente, criou-se uma instabilidade no país –, mas que agora consigamos continuar, focalizados que tem que haver uma decisão sobre o aeroporto em 2023”, declarou Carlos Moedas (PSD), respondendo a questões dos jornalistas sobre a demissão de Pedro Nuno Santos do cargo de ministro das Infraestruturas e da Habitação.

À margem de uma visita a uma farmácia sobre a operacionalização do plano de saúde gratuito “Lisboa 65+”, o autarca do PSD ressalvou que “não é o presidente da câmara que comenta nomeações de ministros do senhor primeiro-ministro e do Governo”, mas acabou por falar sobre a substituição de Pedro Nuno Santos, com a divisão do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, por dois ministros: João Galamba (Infraestruturas) e Marina Gonçalves (Habitação).

Pedro Nuno Santos demitiu-se na passada quarta-feira à noite para “assumir a responsabilidade política” do caso da indemnização de 500 mil euros da TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro.

Relativamente ao futuro aeroporto da região de Lisboa, Carlos Moedas lembrou que já teve uma primeira reunião com a comissão de acompanhamento da Comissão Técnica Independente, que vai estudar as soluções para o novo aeroporto, presidida por Carlos Mineiro Aires.

A comissão vai estudar cinco soluções para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, podendo ainda propor mais, caso entenda.

Em causa está a solução em que o aeroporto Humberto Delgado fica como aeroporto principal e Montijo como complementar, uma segunda em que o Montijo adquire progressivamente o estatuto de principal e Humberto Delgado de complementar, uma terceira em que Alcochete substitui integralmente o aeroporto Humberto Delgado, uma quarta em que será este aeroporto o principal e Santarém o complementar e uma quinta em que Santarém substitui integralmente Humberto Delgado.

Relativamente à nomeação de Marina Gonçalves como ministra da Habitação, Carlos MoC/ÁUDIO E VÍDEO)edas disse que o município de Lisboa trabalhava já “muito em direto” com a até agora secretária de Estado da Habitação.

Em termos de construção de habitação, a Câmara de Lisboa tem “mais de 360 milhões” de euros no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para “projetos importantíssimos” na cidade, que “têm sido trabalhados, diretamente, com a secretária de Estado, que agora será ministra”.

“Portanto, vamos continuar na normalidade do trabalho, até porque já estávamos a trabalhar com a pessoa em causa, que agora vai ser a ministra da Habitação”, declarou Carlos Moedas, defendendo que o importante é continuar a construir habitação, área que tem como prioridade no mandato 2021-2025, à frente da presidência da Câmara de Lisboa.

O autarca reforçou a importância do financiamento do PRR e assegurou que o município de Lisboa vai “continuar a trabalhar com o Governo como sempre o fez”.

Questionado sobre o levantamento dos prejuízos provocados pelo mau tempo que assolou a cidade de Lisboa em 07, 08, 13 e 14 de dezembro, em que o prazo para apresentação dos dados ao Governo termina em 15 de janeiro, o presidente da câmara disse que o balanço será apresentado na quinta-feira.

“Vamos fazê-lo na quinta-feira. Temos o trabalho praticamente acabado, […] só quero ter a certeza absoluta dos números que me estão a ser transmitidos. São valores altos é a única coisa que posso dizer. Temos aqui a necessidade de uma grande ajuda por parte do Governo”, indicou Carlos Moedas, referindo que o levantamento ainda não foi enviado à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT).

Em 21 de dezembro, a Câmara de Lisboa aprovou a atribuição de um total de 2,26 milhões de euros à Caritas Diocesana de Lisboa e à Cruz Vermelha Portuguesa, para apoiar proprietários ou arrendatários de habitacionais afetadas pelas recentes intempéries na cidade, em que se prevê “um apoio financeiro de 1.000 euros por agregado familiar”, valor que passa para 2.000 euros sempre que a família integre idosos (maiores de 65 anos) ou crianças e jovens (menores de 18).

O município decidiu, também, disponibilizar 740 mil euros para apoiar o comércio local afetado pelas intempéries na capital.

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