O primeiro-ministro, Luís Montenegro, assegurou esta segunda-feira, 29 de setembro, na sessão de abertura da conferência da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), que os investimentos estruturais no setor das infraestruturas “vão mesmo realizar-se”, sublinhando como prioridade a ferrovia, a rodovia e a nova infraestrutura aeroportuária na região de Lisboa.
Infraestruturas como prioridade
“Quero tranquilizá-los e dizer-lhes que, seja na frente rodoviária, onde ainda temos muitas coisas para completar, seja na frente ferroviária, seja na frente aeroportuária, nós vamos mesmo realizar. Esse é o ponto de honra que nós temos neste governo”, prometeu Montenegro, na abertura da Conferência do Dia Mundial do Turismo, que decorre esta segunda-feira em Tróia.
O primeiro-ministro garantiu que o Executivo está mais preocupado em agir do que em anunciar, reconhecendo o “comedimento” ou “silêncio” do Governo sobre o novo aeroporto: “Nós não somos daqueles que gostam de falar muito e apresentar powerpoints. Estamos mais empenhados em fazer e realizar”, afirmou, dirigindo-se ao presidente da CTP e assegurando que verá o novo aeroporto de Lisboa sair do papel. “Nós estamos a comprimir prazos o máximo que podemos para poder realizar esse grande objetivo, que é termos uma nova infraestrutura aeroportuária na região de Lisboa, ao serviço do país”, garantiu.
Turismo como motor da economia
Montenegro sublinhou ainda que o turismo funciona como alavanca para outros setores da economia. Com um turismo em crescimento e mais qualificado, Portugal consegue “aumentar as exportações e atrair outros investimentos”, nomeadamente nos serviços e no comércio, defendeu.
Apontou também a importância de diversificar a oferta turística, lembrando que o país “soube perceber que era preciso diversificar e entender o território numa relação de complementaridade geográfica-territorial”, o que tem permitido alcançar recordes de visitantes, dormidas e receitas. Nesse âmbito, destacou o projeto de Évora como Capital Europeia da Cultura em 2027, que considerou um “desafio que o Governo está absolutamente empenhado em desenvolver e alcançar com sucesso”.
O Primeiro-Ministro destacou ainda o peso do turismo no desempenho económico nacional, salientando que o setor “tem vindo a percorrer um caminho notável de crescimento, de crescimento sustentável, de contribuição para o nosso produto interno bruto e de contribuição também para a nossa coesão social e mesmo territorial”.
Luís Montenegro respondeu também ao debate sobre sustentabilidade e crescimento, referindo que “nem o ambiente deve ser um entrave ao desenvolvimento de todas as atividades económicas, turismo, agricultura, produção florestal, nem estas atividades devem ser inimigas do ambiente ou olharem para as preocupações de sustentabilidade como bloqueios ao desenvolvimento da sua atividade”.
Outro dos pontos abordados foi a segurança, que Montenegro classificou como essencial para a competitividade do país. “Um país mais seguro é um país mais atrativo para investir, é um país mais atrativo para visitar”, observou, considerando-a uma condição fundamental tanto para captar turistas como para fixar talento.
O governante garantiu também que o Governo continuará a apostar na diminuição da carga fiscal sobre rendimentos do trabalho, sobretudo dos mais jovens, e no reforço da competitividade das empresas. Sublinhou ainda que grandes eventos desportivos e culturais devem ser vistos como “investimentos para o futuro e não apenas como um fim em si mesmo”.
O primeiro-ministro defendeu igualmente a necessidade de tornar o Estado mais eficiente, garantindo que o Executivo vai “combater ferozmente a burocracia” e simplificar procedimentos. “O Estado não pode pôr os promotores a ficar eternamente à espera de uma resposta ou de um parecer”, frisou.
