Em breve, os passageiros de jatos particulares vão poder viajar pelo ar e “debaixo de água” ao mesmo tempo, graças a um novo conceito de cabine exclusivo criado pela Lufthansa Technik.
A Lufthansa Technik, especialista em manutenção e revisão de aeronaves, acaba de revelar um novo design de cabine para o Airbus Corporate Jet ACJ330. O conceito de cabine “Explorer” é inspirado nos Superiates Explorer, que tendem a ser construídos ou convertidos para realizar cruzeiros de longa distância para áreas isoladas do mundo.
Projetado para acomodar cerca de 10 a 16 passageiros, o objetivo principal é proporcionar a experiência mais positiva possível aos passageiros a bordo, de acordo com a empresa alemã. “Nos últimos meses, analisámos intensamente o contexto visual e os elementos típicos da classe do barco Explorer, para transferir a ideia de design da água para o ar”, diz Jan Grube, diretor de vendas da divisão VIP & Special Mission Aircraft Services da Lufthansa Technik.
Sistema de projeção
Além dos elementos clássicos normalmente encontrados em jatos particulares, como quartos, casas de banho e até mesmo escritórios e salas de jantar, o design “Explorer” apresenta um sistema de projeção que pode cobrir as paredes e tetos internos com praticamente qualquer tipo de configuração.
Enquanto alguns detalhes ainda estão a ser desenvolvidos, as primeiras renderizações já foram exibidas para potenciais compradores no Monaco Yacht Show, que se realizou entre 22 e 25 de setembro. O lançamento final da nova cabine acontecerá no 2021 Dubai Airshow, em novembro.
O projeto surge num momento em que os jatos particulares continuam a crescer em popularidade, com a empresa de aviação privada FlyEliteJets, sediada na Flórida, a realtar um aumento de 150% nas reservas desde o início da pandemia e a empresa de aviação global VistaJet a registar um aumento de 65%.
Na verdade, a procura é tão forte que não há jatos suficientes disponíveis para o mercado.
Um relatório de julho da Colibri Aircraft indicou que apenas 4,7% dos jatos particulares usados estavam à venda, a menor quantidade desde 1980.