Com o ano a chegar ao fim, é hora de fazer o balanço de 2024. No TNews, quisemos saber a opinião dos profissionais do setor de turismo sobre o que destacam este ano. Quais foram os momentos mais positivos e os maiores desafios enfrentados? Descubra o que elegeram como o melhor e o pior de 2024.
Miguel Andrade, Diretor Geral de Operações da PHC Hotels
O Melhor de 2024
Lisboa afirmou-se, em 2024, como um destino de eleição para os turistas dos Estados Unidos. Este mercado, que há anos vinha crescendo de forma consistente, solidificou-se como o mais relevante para a cidade, ultrapassando outros mercados tradicionais. Esta consolidação não é um acaso. É fruto de estratégias bem delineadas, como a promoção eficaz do destino, a melhoria das acessibilidades aéreas e a oferta de experiências que aliam autenticidade à sofisticação, características que vão ao encontro das expectativas dos viajantes norte-americanos.
Este feito é significativo não apenas pelo impacto económico direto, mas também pela diversificação e resiliência que oferece ao setor. O mercado norte-americano tende a ser menos sazonal e apresenta um perfil de consumidor mais disponível para compras locais com uma indice de maior valor. despesa mais elevado, contribuindo para uma receita turística mais robusta e estável.
O Pior de 2024
O aumento da perceção de insegurança e a incidência de episódios na Baixa de Lisboa trouxeram uma sombra sobre o setor. A segurança é um fator primordial para a atratividade de qualquer destino turístico. Quando esta é comprometida, os efeitos repercutem-se rapidamente na imagem da cidade e nas decisões de viagem dos turistas.
Os desafios vividos na Baixa de Lisboa são um reflexo de questões mais amplas, que exigem colaboração entre autoridades, empresas e a comunidade local. É imperativo reforçar a presença de forças de segurança, implementar soluções urbanísticas que promovam maior sensação de segurança e investir na revitalização da área. A Baixa é o coração histórico de Lisboa; zelar pelo seu bem-estar é zelar pela essência da cidade.
Concordo em absoluto com ambas as respostas / opiniões… de facto, o “pior” é o contraditório do “melhor”. E o problema é que é mais rápido destruir que construir… reagir já, é uma urgência.