As empresas STR e Cushman & Wakefield elaboraram o relatório “Barómetro do Setor Hoteleiro” para o ano de 2021. Através de um estudo, onde recolheram dados de 1200 hotéis da Península Ibérica, apresentam os dados do setor hoteleiro em Portugal, divulga o Hosteltur.
De acordo com os dados recolhidos, a ocupação global em Portugal durante 2021 foi de 27,6%, uma melhoria em relação a 2020, quando a ocupação média foi de 18,9%.
A taxa média diária por quarto em todo o país foi de 120,75€ em 2021, 19,5% a mais do que em 2020. A RevPAR do ano passado em Portugal, ou a receita por quarto, foi de 33,36€, mais 75% do que no ano anterior.
A ocupação hoteleira em 2020 foi de 16% em Lisboa, 17,3% no Porto e 21,3% no algarve. No ano seguinte, em 2021, houve um aumento significativo, com a ocupação a atingir 22,8% em Lisboa, 26,5% no Porto e 29,8% no Algarve.
A ADR, ou preço médio por quarto, em 2020, em Lisboa foi de 95,62€, no Porto 78,60€ e no Algarve 126,17%. No ano seguinte também houve um aumento: Lisboa atingiu 110,77€ por noite, no Porto 90,13€ e no Algarve, a média de preço por quarto, foi 155,26€.
“A ADR manteve-se em níveis elevados apesar da pandemia, demonstrando a vontade das cadeias hoteleiras em manter os preços apesar das dificuldades causadas pela baixa ocupação”, escreve o Hosteltur.
A RevPAR de 2020 em Lisboa foi 15,30€, 13,58€ no Porto e 26,84€ no Algarve. A receita por quarto também aumentou no ano passado, com Lisboa a subir para 25,25€, o Porto para 23,89€ e o Algarve, com a RevPAR mais elevada, que atingiu 46,20€.
Segundo César Escribano, responsável da STR para o Sul da Europa, “Portugal vive uma situação muito semelhante à que se passa em Espanha, embora seja mais afetada pela quebra do turismo internacional”.
Este efeito é especialmente notório na região do Algarve, devido à sua elevada dependência do mercado britânico, que foi sujeito a restrições e flutuações significativas ao longo de 2021, acrescenta Escribano.
Olhando para o primeiro semestre de 2022, a situação pode melhorar a partir de março para os hotéis portugueses e espanhóis. “Se as restrições de viagem forem relaxadas e a situação da saúde melhorar, o turismo intrarregional na Europa será muito favorecido.” A chave será a Páscoa, indica o diretor da STR.