Sábado, Dezembro 7, 2024
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“Os próximos quatro meses são fundamentais para perceber quantas agências ficam no mercado”

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Em entrevista ao TNews, o diretor geral da Airmet Portugal, Luís Henriques, acredita que a retoma chegará em 2022 mas alerta que os próximos quatro meses são fundamentais para a sobrevivência das agências de viagens.

Primeira parte da entrevista: A forma como os grupos de gestão trabalharam nos últimos 15 anos tem de ser reinventada”

Quando prevê uma retoma do mercado aos níveis de 2019?
Sou extraordinariamente otimista. Acredito que no final de 2022 estaremos já muito próximos do que foi 2019. Já sentimos um pouco isso. Pela quantidade de oferta que havia em 2019, o preço médio era bastante mais baixo. Na hotelaria continuamos com essa oferta, mas, na aviação, a oferta reduziu muitíssimo o que pressionou o preço médio de cada viagem. No final de 2022, até podemos não estar próximos do volume de viagens, mas acredito que em volume de faturação não estaremos assim tão longe. Diria que 2023 será já um ano muito normal.
Algo que esta pandemia nos ensinou foi, na prática, navegar à vista e não fazer grandes projeções porque todas saíram furadas. Acredito que os próximos quatro meses serão muito difíceis. Temos o apoio extraordinário à retoma progressiva em vigor até ao final deste mês. Faltam dois meses até ao final do ano e não acredito que sejam pujantes em termos de vendas. Já sentimos as nossas agências com maiores dificuldades. A maioria já reembolsou os vouchers, não temos situações muito complicados a esse nível. Acreditamos que o pior realmente já passou, mas estes quatro meses são fundamentais para perceber quantas agências ficam no mercado.

Será necessário recorrer a mais apoios?
Os apoios hoje em dia são praticamente nulos.

Créditos Its All About

São sobretudo linhas de crédito?
São linhas que nem têm esgotado. As pessoas não querem mais créditos e não estão em condições de os pedir. Temos alguns exemplos na rede que fizeram o pedido e que ainda nem usaram o valor. Acredito que a maioria das agências que tinha alguma necessidade de tesouraria, não se quis sujeitar a mais crédito. Achamos que os apoios foram insuficientes. Não fomos encerrados por decreto mas estávamos impossibilitados de trabalhar. Muito do que vendíamos estava fechado. Os apoios deviam ser mais robustos.

As agências da Airmet recorreram a que apoios?
Ao Apoiar.pt, quem realmente tinha capitais próprios positivos em 2019, concorreu a esse apoio. Também ao layoff, diria que foi um apoio utilizado por praticamente toda a gente. Agora, claro que houve meses até interessantes, aliás, julho e agosto para o corporate foi interessante, tivemos agências que já nem tiveram quebra de faturação e, portanto, também já não estavam ilegíveis. E por fim a linha de crédito do Turismo de Portugal.

Se pudesse eleger, que apoio daria às agências neste momento?
Diria que, se o apoio extraordinário à retoma progressiva pudesse continuar até meados do próximo ano, seria muito importante. Deve ser extraordinariamente difícil as agências até julho do próximo ano conseguirem a mesma faturação que tinham em 2019. Portanto, como se sabe, a rubrica com o pessoal é a mais elevada em qualquer agência. Agora, também acho que esse apoio devia ser revisto de certa forma, temos muitas micro empresas que têm um sócio gerente que não é apoiado nesta medida.

Film by It’s All About

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