Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, disse esta segunda-feira, dia 28, que situações de insegurança como os tumultos da semana passada em vários bairros da Área Metropolitana de Lisboa condicionam a perceção do destino e exigem “serenidade” na solução.
“Temos que ter a serenidade suficiente para perceber que a insegurança, os incêndios e outros fenómenos que têm acontecido no país acabam por, de uma forma ou de outra, condicionar a perceção daqueles que queremos atrair”, afirmou.
Pedro Machado falava no Funchal, Madeira, no âmbito da abertura da 5ª sessão do ciclo de conferências “Estratégia Turismo 2035: construir o turismo do futuro”, organizado pelo Turismo de Portugal.
O secretário de Estado considerou que situações como os tumultos espoletados pela morte de Odair Moniz “não são nunca uma boa notícia”. “O que devemos fazer? Com serenidade, resolver”, explicou, vincando que o Governo “já deu sinais evidentes de estar a controlar o processo”.
Por outro lado, Pedro Machado disse que o setor deverá registar este ano taxas de crescimento na ordem dos 4% em fluxo e 10% em receitas, depois de em 2023 ter arrecadado 25.000 milhões de euros de receitas e cerca de 30 milhões de turistas internacionais, que resultaram em 77 milhões de dormidas.
“A nossa expectativa é que, em 2024, venhamos a consolidar praticamente um crescimento para os 27.000 milhões de receitas e seguramente passaremos os 100 milhões de dormidas”, afirmou.
O governante adiantou que este crescimento deverá prosseguir em 2025 e considerou que não há excesso de turismo em Portugal.
“Acho que o excesso de turismo está apenas nalgumas mentes, que não têm nem a perceção nem a informação suficiente para perceber que Portugal é um destino sustentável e sustentado”, disse, para logo acrescentar: “Portugal tem capacidade para crescer.”