Domingo, Setembro 15, 2024
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PHC Hotels reforça proposta de valor para os colaboradores com subida do salário mínimo e outros benefícios

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O grupo PHC Hotels, detentor do Hotel Mundial, do Portugal Boutique Hotel, da My Suite Lisbon Guest House e, brevemente, do Convent Square Hotel Vignette Collection, reforçou a sua proposta de valor para os colaboradores, com o aumento do salário mínimo praticado no grupo para os 800 euros, mais subsídio de alimentação.

Esta medida acompanha outras que já iniciaram em 2022 e que fazem parte de uma estratégia que visa reforçar a competitividade do grupo no mercado de trabalho, explica Miguel Andrade, Diretor Geral de Operações da PHC Hotels ao TNews.

“Esta estratégia teve início no ano passado, quando começámos a sentir as primeiras dificuldades no recrutamento e, sobretudo, na retenção. Alinhámos uma estratégia de forma a perceber como podíamos ser mais competitivos dentro do mercado de trabalho”, afirma o responsável. A estratégia está orientada para as categorias profissionais em que há mais rotação, maior dificuldade de retenção e recrutamento.

Neste sentido, no ano passado, o grupo introduziu um seguro de saúde para todos os colaboradores da empresa. “Foi uma novidade que veio também elevar a nossa proposta de valor e manter alguma competitividade”, reforça.

Embora a PHC Hotels tenha feito “alguns ajustes nas retribuições” em 2022, o “grande salto” foi feito este ano com a aprovação do orçamento para o ano de 2023, conta Miguel Andrade. O que permitiu aumentar para 800 euros o salário mínimo praticado no grupo e, adicionalmente, atribuir o subsídio de alimentação no valor de 107 euros. “Ou seja, conseguimos aumentar em cerca de 14% o salário real de 38% dos nossos colaboradores, que representa a grande fatia de copa, empregadas de quarto e empregados de mesa. Todos esses foram beneficiados com a proposta de valor de aumento em cerca de 14%. É um grande aumento se pensarmos que vínhamos de um salário mínimo de 720 euros há um ano. Não só alterámos o valor da prestação do salário mínimo para um patamar de 800 euros, para dar melhores condições e melhor atratividade à nossa proposta de valor, como em cima disso estamos a pagar subsídio de alimentação”, defende Miguel Andrade.

O diretor geral de operações da PHC Hotels realça que, dentro desta estratégia, também houve “ajustes salariais” noutros níveis da equipa, de modo a que a “proposta de valor se tornasse igualmente competitiva para recrutar cargos de middle management e equipa executiva”.

O Hotel Mundial, em Lisboa, é a unidade mais antiga e icónica do grupo PHC Hotels.

Bónus variável e ginásio

Além da revisão da remuneração financeira, a PHC Hotels decidiu atribuir um prémio variável a todos os colaboradores da empresa, em função da avaliação de três dimensões: a performance do hotel a nível de GOP, a performance individual de cada colaborador e os objetivos de qualidade. “Já introduzimos esta medida no ano passado, em janeiro identificámos quais são os KPI’s (indicador-chave de desempenho) que queremos atingir a nível de qualidade de serviço: leia-se receção, housekeeping, restauração. E também associamos a esses KPI’s as avaliações nas plataformas online”, explica Miguel Andrade. “À medida que o ano vai passando, vamos avaliando a performance e os objetivos definidos no início do ano. Com isso, estamos não só a aumentar o engagement das equipas com o produto, como os objetivos da empresa e, sobretudo, estamos a apostar na qualidade do serviço e da prestação de uma experiência única aos nossos clientes”. Este ano, em março, o grupo vai pagar pela primeira vez este bónus variável à grande maioria dos colaboradores da equipa, afirma o responsável.

Analisando outras dimensões da proposta de valor, nomeadamente na saúde e bem-estar dos colaboradores, a PHC Hotels investiu também na requalificação do refeitório e vai criar um ginásio dentro da organização. “Temos hoje em dia um refeitório que está aberto permanentemente com uma componente de dieta. Diariamente oferecemos três pratos quentes: um de peixe, um de carne, e um de dieta. Conseguimos ter uma proposta de alimentação muito saudável e nutritiva para todos os colaboradores. Acredito que isso é também uma forma de valorizarmos as nossas equipas e garantirmos que aquilo que queremos dar aos hóspedes, também damos aos nossos colaboradores. Isso é fundamental”, defende. Por outro lado, “estamos a requalificar parte do nosso back of the house, com a requalificação os balneários e a criação de um ginásio com cerca de 40 metros quadrados e equipado com máquinas, para os nossos colaboradores, de forma a que possam antes ou depois do seu turno fazer exercício”.

Em matéria de prémios e bónus, há ainda a referir que o grupo retomou práticas normais da indústria, como a eleição do colaborador do mês. “Mensalmente são eleitos dois colaboradores, sendo um do front of house e um do heart of house. Os critérios de nomeação assentam em situações de desempenho extraordinário no serviço prestado ao cliente. O prémio é um troféu e um vale de 120 euros para despesas em supermercado”, explica Miguel Andrade. Por sua vez, anualmente é eleito o colaborador do ano entre estes 24 colaboradores e o prémio é um fim de semana para duas pessoas em regime de pensão completa e um vale de 120 euros para despesa de supermercado. Os benefícios não ficam por aqui e estendem-se a descontos e ofertas de cabazes. “Temos outras pequenas regalias como cabazes de Natal e, este ano, vamos também introduzir um pequeno cabaz de Páscoa. Além disso, este ano vamos começar a oferecer descontos dentro dos nossos hotéis e restaurantes para os nossos colaboradores. De referir, ainda, que atribuímos um voucher de supermercado a cada colaborador que traga um candidato para trabalhar para os nossos hotéis, que seja válido e que fique pelo menos connosco seis meses”.

No que diz respeito às férias, a PHC Hotels atribui uma majoração de três dias de férias. “Passámos a 25 dias de férias, de acordo com a taxa de assiduidade de cada colaborador, se não houver faltas majoramos”, afirma.

“Estamos a tentar dar uma nova vida à forma como gerimos os nossos recursos humanos, que são imprescindíveis para o sucesso de uma empresa, sobretudo de uma empresa de hospitalidade que vive de pessoas para pessoas”, constata Miguel Andrade.

No total, e sem contar ainda com o Convent Square Hotel Vignette Collection, que abre em maio, o grupo tem 220 colaboradores. “Ainda estamos a estabilizar as projeções de ocupação e daí vai resultar o número de colaboradores do novo hotel, que vai variar entre 70 e 90 colaboradores”, adianta.

Miguel Andrade explica que devido à ocupação média dos hotéis PHC ser “bastante estável, é possível “aumentar a base de colaboradores do quadro diminuindo a base de colaboradores quer sazonais, quer temporários”, o que também faz parte da estratégia. “Este ano o nosso objetivo é trabalhar com cerca de 75% colaboradores do quadro e o restante temporário”. 

Já no que concerne à formação, a PHC Hotels tem também uma estratégia estruturada que inclui um programa mensal de formação, dividido em quatro módulos: produto, marca, segurança e serviço. “Numa base mensal, damos formação não só aos elementos do quadro, como todos os novos elementos que integram a equipa”.  

Resultados

Os resultados desta estratégia iniciada em 2022 já são visíveis através dos KPI’s de qualidade, garante Miguel Andrade. “As pontuações de satisfação dos nossos clientes começam a subir, porque as pessoas estão mais satisfeitas, sabem o que têm de fazer, sabem que são avaliadas e sabem que o mérito conta e os bons são premiados. Isso faz com que os colaboradores vistam a camisola, que queiram crescer e que queiram ter uma boa prestação”, defende. O mais interessante, diz, é que “a média de anos de casa dos trabalhadores é muito elevada e, mesmo nesses, que têm uma média de 10 ou 15 anos de casa, há um nova forma de estar no seu serviço, porque não só acreditam numa nova política remuneratória como sabem que vão ser avaliados e vão ter a sua recompensa”. Outro fator destacado é o mix de nacionalidades. “Ultimamente tem havido um grande mix de nacionalidades, quer orientais, africanos e sul-americanos. Tínhamos 12 nacionalidades em dezembro e cerca de 15% de estrangeiros”, conclui.

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