O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) defende que o negócio da venda da SATA Internacional – Azores Airlines será “o fim do grupo SATA” e “nefasto para os trabalhadores”.
Em comunicado citado pela agência Lusa, a direção do SITAVA reafirma que “o negócio da venda da SATA Internacional será nefasto para os trabalhadores [da] SATA, para a Região Autónoma dos Açores, para a diáspora e, no geral, para todos os açorianos”.
“Serão os trabalhadores [da] SATA e todos os açorianos, a pagar a dívida que a SATA Internacional acumulou, resultado das demais ingerências das sucessivas administrações, e dos caprichos dos diversos Governos Regionais até à data”, sublinha.
A posição do SITAVA surgiu após o Governo Regional açoriano ter considerado que “o agrupamento New Tour/MS Aviation, concorrente ao processo de privatização da SATA Internacional, demonstrou disponibilidade para, em fase de negociação, melhorar financeiramente a sua proposta, aumentando o preço global para 15,2 milhões de euros e reforçando o critério de contribuição para o reforço da capacidade financeira da SATA”, de acordo com o vice-presidente do executivo regional, Artur Lima.
O governante adiantou que o conselho de administração da SATA “voltou a requerer uma nova orientação quanto ao seguimento a dar” ao processo do concurso.
Segundo Artur Lima, a administração da empresa deu conhecimento que “a 28 de fevereiro de 2025, o agrupamento NT/MS apresentou um requerimento no qual prestou ao conselho de administração da SATA, informações sobre a identidade das pessoas singulares, de nacionalidade portuguesa – Carlos Manuel Antunes Tavares Dias e Paulo José Angélica Pereira da Silva -, que, caso venha a ser apresentada uma proposta melhorada, integrarão o agrupamento NT/MS”.
O agrupamento de empresas “informou ainda que a soma das participações sociais que virão a ser detidas pelos dois novos elementos totalizará 49% do capital social da sociedade que virá a deter a participação da SATA Internacional”.
No comunicado, o SITAVA exige que o Governo Regional tenha “uma posição de verdadeira responsabilidade social para com todos os trabalhadores [da] SATA e para com todos os açorianos, na defesa intransigente dos interesses dos Açores e do serviço público prestado” pela companhia área.
Segundo o sindicato, “apesar de todos os alertas”, quer o executivo quer a atual administração do grupo SATA, mantêm a intenção de “entregar o futuro dos trabalhadores nas mãos de um consórcio” que “deixa sérias dúvidas acerca das suas verdadeiras intenções”.






