O setor do alojamento turístico em Portugal registou uma subida de 11% nos proveitos totais e nos proveitos de aposento entre janeiro e novembro de 2024, atingindo os 6.355,6 milhões de euros e 4.905,6 milhões de euros, respetivamente.
Estes dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira, dia 14, refletem um aumento significativo nas dormidas, especialmente de turistas não residentes, que contribuíram para o crescimento global.
De acordo com o INE, o número de dormidas aumentou 4,1% nesse período, com as dormidas de estrangeiros a registarem um crescimento de 4,8%, enquanto as dos residentes subiram 2,5%.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) fixou-se nos 72 euros, o que representa uma subida de 7% em termos homólogos, enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu os 121,6 euros, traduzindo-se num aumento de 6,5%.
Em novembro, os proveitos totais alcançaram 385,9 milhões de euros, enquanto os de aposento somaram 285,3 milhões de euros, ambos com um crescimento de 16,7% face ao mesmo mês de 2023.
A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para os resultados globais, representando 39,4% dos proveitos totais e 42,1% dos proveitos de aposento. Seguiram-se o Norte e a Madeira, com destaques para os crescimentos verificados no Centro (+31,4% nos proveitos totais) e na Madeira (+26,3%).
O crescimento foi transversal a todos os tipos de alojamento. Na hotelaria, que representa 88% dos proveitos totais, os valores subiram 17%. Já nos estabelecimentos de alojamento local, os proveitos aumentaram 12,3%, e no segmento de turismo no espaço rural e de habitação, os aumentos foram ainda mais expressivos, com subidas de 23,2% nos proveitos totais e 25% nos de aposento.
Em termos de dormidas, o município de Lisboa destacou-se, concentrando 23,5% do total em novembro, com 1,2 milhões de dormidas (+3,6%). O aumento foi impulsionado pelas dormidas de residentes, que subiram 8,9%, enquanto as de não residentes cresceram 2,7%.
O Funchal foi o segundo município com mais dormidas, contabilizando 486,6 mil, um aumento de 3,6% face ao ano anterior. No entanto, enquanto as dormidas de residentes dispararam 44,2%, as de não residentes registaram uma ligeira descida de 1,5%.
Por sua vez, Porto e Ponta Delgada também apresentaram crescimentos expressivos. O Porto registou 446,9 mil dormidas (+16,3%), com um forte contributo das dormidas de residentes (+26,8%). Já Ponta Delgada destacou-se por um crescimento homogéneo tanto nas dormidas de residentes (+16,6%) quanto de não residentes (+16,8%).
Em contraste, o município de Albufeira apresentou uma queda nas dormidas de 5,4%, motivada pela descida nas dormidas de não residentes (-6,9%), apesar do crescimento das dormidas de residentes (+4,6%).
Em novembro, o rendimento por quarto disponível (RevPAR) fixou-se nos 48 euros, uma subida de 11,3% face ao mesmo mês de 2023. Já o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 98 euros, um aumento de 6,8%, com a Grande Lisboa a liderar este indicador, alcançando os 138,7 euros.
Considerando todos os tipos de alojamento, o setor registou 2,3 milhões de hóspedes e 5,3 milhões de dormidas em novembro, o que representa aumentos de 14,1% e 10,2%, respetivamente. As dormidas de residentes subiram 21,5%, enquanto as de não residentes cresceram 5,2%, confirmando a tendência de recuperação do setor turístico.