A presidência da Turismo Centro de Portugal (TCP) será disputada por dois candidatos nas eleições marcadas para o dia 27 de março: Rui Ventura, presidente da Câmara de Pinhel pelo PSD, e Walter Chicharro, ex-presidente da Câmara da Nazaré pelo PS. A informação foi confirmada por Anabela Freitas, vice-presidente da entidade, durante a apresentação do festival Somnii, na Figueira da Foz.
Em declarações à agência Lusa, Anabela Freitas esclareceu que, embora tivesse sido anunciada uma terceira candidatura, a do social-democrata Luís Tadeu, autarca de Gouveia, apenas as candidaturas de Rui Ventura e Walter Chicharro foram formalizadas até o fim do prazo, que se deu a 13 de março. A presidente em exercício da TCP destacou que o presidente da Assembleia Geral já analisou todos os documentos, salientando que este processo ocorre independentemente da comissão executiva da organização.
Anabela Freitas assumiu a presidência interina da TCP após a morte do anterior líder, Raul Almeida, a 27 de dezembro, e continuará no cargo até as eleições. A TCP, entidade regional de turismo, tem um colégio eleitoral composto por cerca de 160 entidades, tanto públicas como privadas, incluindo operadores turísticos e municípios da região Centro. Estes últimos, no total de 100, serão responsáveis por eleger o novo presidente.
Em relação à presença de duas candidaturas, Anabela Freitas comentou que este é um cenário de bipolarização entre candidatos do PSD e PS, algo que não acontecia nos anos anteriores, quando Pedro Machado, atual secretário de Estado do Turismo, foi o único candidato a liderar a TCP.
“Durante muitos anos, o Pedro Machado era o único candidato, recebendo apoios tanto da esfera pública quanto privada do colégio eleitoral. Agora, temos uma polarização”, afirmou.
A vice-presidente da TCP também comentou a importância do conhecimento do setor para os candidatos. “O turismo envolve operação e negócios, além de uma compreensão profunda dos fluxos turísticos e da dinâmica entre os diferentes atores do setor”, disse Anabela Freitas, destacando a necessidade de que os novos líderes saibam dialogar com o público e o privado.
