Quinta-feira, Março 20, 2025
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Sabre faz balanço positivo dos primeiros meses no mercado português: “Já assinámos 6 contratos”

Nomeado Senior Sales Manager da Sabre para o mercado português, João Fernandes faz um balanço positivo destes primeiros quatro meses. Desde a sua chegada, a Sabre já assinou seis contratos, o que é “bastante bom, tendo em conta que é uma marca relativamente desconhecida em Portugal”, afirma João Fernandes, em entrevista ao TNews.

O Global Distribution System (GDS) tem sido bem recebido no mercado português, apesar da forte concorrência. “O mercado português estava muito limitado a dois GDS’s: a Amadeus e a Travelport. Qualquer outro que tente entrar acaba sempre por ser um desafio. Mas a Sabre tem um produto muito bom, e a receptividade tem sido bastante boa”, refere.

A empresa, que se diferencia pela sua aposta em tecnologia e inovação, tem trazido uma proposta única ao setor: um marketplace integrado que facilita a vida dos agentes de viagens. “Mudámos um pouco o conceito de GDS. Agora, temos o conceito de marketplace. Os agentes conseguem ter acesso à aviação (EDIFACT), NDC, low cost, hotelaria, rent-a-car e até tours. Isso muda um pouco o conceito dos GDSs mais tradicionais, onde os agentes se limitam a reservar passagens aéreas. Essa forma de agregar conteúdo tem sido uma vantagem para nós, porque o maior desafio dos agentes é ter companhias aéreas tradicionais num lugar (EDIFACT), depois reservar o low cost noutro, e o NDC noutro. Isso tem sido uma dificuldade para os agentes. Com a nossa plataforma, têm tudo no marketplace. Além disso, isso otimiza tempo, o que é crucial, dada a escassez de recursos no mercado. Também poupa na formação. A formação na Sabre demora enquanto horas, enquanto num GDS tradicional demora 40 horas. É muito mais fácil ter tudo num só lugar”, explica o responsável.

A exclusividade no acesso ao NDC (New Distribution Capability) da TAP é outro fator competitivo da Sabre, uma vez que traz vantagens para as agências, como tarifas mais competitivas em ancillaries (serviços adicionais como bagagem e assentos) e a antecipação de futuros benefícios à medida que a TAP migra mais conteúdo para o NDC. “No NDC da TAP, as tarifas são as mesmas do Private Channel, mas há uma diferença nos ancillaries. Ou seja, quem reserva através do NDC da TAP na Sabre não verá a diferença nas tarifas por enquanto, mas no futuro, eventualmente, verá. No entanto, já pode reservar assentos e bagagens a preços mais baratos. Portanto, o agente já tem um fator diferenciador ao reservar o NDC da TAP com a Sabre”. “Além dos ancillaries mais baratos, vão surgir outras vantagens”, afirma João Fernandes. “A TAP vai migrar do Private Channel para o NDC, e à medida que esta migração avançar, as diferenças vão acentuar-se. Quem já estiver preparado e tiver acesso ao NDC não vai ter de se preocupar com isso”.

Mercado português e desafios da Sabre

Questionado sobre o porquê da Sabre ter escolhido entrar agora no mercado português, Fernandes explica que, até à pandemia, a Sabre estava mais focada em mercados como a América do Norte e do Sul, onde tem uma forte presença. No entanto, após a mudança estratégica durante a pandemia, a empresa começou a intensificar a sua atenção para o sul da Europa, com um olhar mais atento para o mercado português. “A Sabre já está no mercado ibérico há 15 anos. Contudo, até à pandemia, a estratégia era diferente. Era uma empresa americana, focada nos mercados onde já era mais forte, como América do Norte, América do Sul e Ásia-Pacífico – a Sabre é o principal GDS na América do Norte e do Sul, no Brasil, por exemplo. E não estavam tão focados na Europa, até porque na Europa também havia concorrência bastante forte. Isso mudou com a pandemia, e começaram a focar-se mais nos mercados do sul da Europa, que é onde estamos a crescer. Também acordos recentes, como o da TAP, por exemplo, que temos em exclusivo no nosso sistema, ajudaram a tornar Portugal mais relevante. O investimento tem sido na tecnologia e nos NDCs, e é para isso que estamos a direcionar-nos”.

João Fernandes destaca que a empresa já conta com 34 NDCs e tem planos para aumentar esse número para 60 até o final do ano, consolidando-se como o GDS com mais NDCs disponíveis para os agentes de viagens. “Quase todas as semanas estamos a lançar novos NDCs”, afirmou, reforçando a aposta em mais conteúdo e novas funcionalidades para atender as necessidades dos agentes de viagens.

O futuro da Sabre em Portugal e objetivos para 2025

O futuro da Sabre no mercado português passa pelo crescimento contínuo. João Fernandes explica que a meta para este ano é consolidar a presença da empresa, expandindo a sua quota de mercado. “Queremos mostrar que a Sabre está aqui para ficar”, destaca, acrescentando que a equipa dedicada ao mercado português já conta com três pessoas, além do apoio da equipa da Península Ibérica.

João Fernandes acredita que a tendência para o futuro do mercado será a integração de mais ferramentas tecnológicas, especialmente para as agências menores, que terão de se adaptar à nova realidade digital e de agregação de conteúdo. “A tendência será mudar da venda tradicional de apenas voo para tentar ter acesso a mais conteúdo e dar melhores opções aos clientes”, conclui.

Em termos de eventos, João Fernandes anunciou que a Sabre irá organizar o Fórum Business Travel no dia 25 de março, no Myriad by SANA Hotel, um evento focado nas TMCs (Travel Management Companies). “Vamos falar sobre o tema da inteligência artificial e a fragmentação do conteúdo”, adianta.

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