A SATA Air Açores confirmou esta quarta-feira que estarão assegurados serviços mínimos na operação aérea da companhia regional entre 18 e 24 de julho, no âmbito da greve dos tripulantes de cabine convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
“A companhia aérea SATA Air Açores informa que, não obstante os esforços de concertação empreendidos até ao momento e mantendo-se o pré-aviso de greve decretado pelo SNPVAC para os tripulantes de cabine da SATA Air Açores, o Tribunal Arbitral estabeleceu os serviços mínimos a garantir na operação aérea da transportadora regional durante o período de greve decretado, compreendido entre as 00H00 do dia 18 de julho e as 23H59 do dia 24 de julho de 2025”, lê-se no comunicado divulgado pela SATA Air Açores.
De acordo com a transportadora, o Tribunal Arbitral determinou a realização dos “voos que se impõem por razões críticas de segurança de pessoas e bens”, juntamente com um número suficiente de ligações aéreas que possibilitem, pelo menos, uma ligação diária a cada ilha e um conjunto de voos adicionais para assegurar a mobilidade no arquipélago dos Açores.
O Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social dos Açores salientou, segundo a companhia, “o período de imobilização decorrente da greve, que se estende por sete dias consecutivos e envolve uma componente laboral imprescindível à realização dos voos; o facto da RAA se encontrar em plena época alta para o turismo; a circunstância de estar já agendadas um conjunto de reservas na ordem dos 4500 passageiros/dia, com potencial mobilidade diária de 5000 passageiros/dia, num potencial global de 35000 passageiros no total da greve”.
O tribunal referiu ainda “a pública e notória situação de crise económica e financeira da entidade empregadora e a repercussão que tal período concreto de greve de 7 dias consecutivo representaria, designadamente, a compensação pela restrição de mobilidade, agravada pela inultrapassável inexistência física de acomodações na RAA para passageiros que possam ficar retidos nos aeroportos regionais por força da greve e decorrente perturbação social que possa daí advir; a confirmação de que a aeronave Q200 geradora de desconforto pela falta de ar condicionado, está devidamente certificada e operacional e desde sempre com esta limitação”.
Neste contexto, a SATA Air Açores assegurou que irá “desenvolver todos os esforços para minimizar o impacto da greve junto dos seus clientes e parceiros”.
Para tal, a transportadora vai permitir “alterações involuntárias para datas fora do período da greve, sem aplicação de penalizações ou diferenças tarifárias”. Será também providenciado “o reembolso aos passageiros que desistam da viagem, independentemente do tipo de tarifa e sem qualquer penalização”.
Relativamente ao alojamento e assistência, a SATA Air Açores advertiu que, “devido à elevada taxa de ocupação hoteleira nos Açores durante o mês de julho”, a companhia “poderá não conseguir garantir alojamento a todos os passageiros afetados”.
Nesses casos, “será fornecido localmente um documento orientador com os valores elegíveis e os procedimentos para o reembolso das despesas suportadas diretamente pelos passageiros”, indica.
A SATA Air Açores sublinhou, por fim, que “lamenta profundamente os transtornos causados e agradece a compreensão e a colaboração de todos durante o período da greve”.






