Quinta-feira, Março 20, 2025
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“Talvez um novo Governo seja uma oportunidade para que os responsáveis do Turismo sejam ouvidos”

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, afirmou esta quinta-feira, dia 11 de novembro, que “a existência de um novo Governo e, sobretudo um novo Orçamento do Estado, talvez sejam uma oportunidade para que os responsáveis do Turismo sejam ouvidos e para que se implementem medidas há muito necessárias”.

Francisco Calheiros participou no 32º congresso nacional da Associação da Hotelaria de Portugal, que decorre em Albufeira, onde afirmou que recuperação do turismo já se começa a notar. No entanto, para que esta prossiga, é “necessário que as empresas estejam capitalizadas para fazer face aos desafios que se nos colocam”.

“Em setembro, as dormidas de turistas estrangeiros superaram as dos portugueses pela primeira vez desde que a pandemia começou. Um sinal de que as viagens estão a aumentar e que os turistas estrangeiros continuam a escolher Portugal como destino seguro”, disse o responsável.

Contudo, para o total do ano 2021 as previsões da CTP apontam para uma quebra de passageiros nos aeroportos nacionais na ordem dos 60% e uma quebra de dormidas no alojamento turísticos na ordem dos 50%.

Segundo Francisco Calheiros é necessário “fortalecer o Ecossistema do Turismo para que este possa dar resposta à altura às solicitações da retoma”. “Daí a importância de serem aprovados pelas instâncias próprias os projetos e o valor de investimento contidos na Agenda Acelerar e Transformar o Turismo, uma agenda mobilizadora já entregue ao Governo, no âmbito do PRR que visa obter apoio financeiro a projetos que no global estão avaliados em 145 milhões de euros”.

Para o responsável da CTP, é urgente a implementação do plano que prevê um investimento superior a 6 mil milhões de euros, dos quais 4 mil milhões de euros são para as empresas.

“Não podemos continuar na incerteza de saber quando as empresas estarão verdadeiramente capitalizadas. Não podemos continuar a ver unicamente o reforço de poucos milhões, vindos de medidas que já estavam a ser implementadas e que mais não são do que paliativos”, afirmou Francisco Calheiros. “Há medidas fundamentais de capitalização das empresas, instrumentos financeiros para a capitalização das empresas que não saíram do papel e que devem ser prioridade absoluta de um próximo Governo”, acrescentou.

Apesar de compreender que a conjuntura política “obriga a um compasso de espera em muitas decisões”, Francisco Calheiros sublinhou que apoios às empresas do Turismo estão há muito aprovados, pelo que nada impedirá que cheguem já às empresas”.

A CTP quer que o próximo governo vá mais longe nos apoios, reforçando, por exemplo, os “benefícios fiscais e reduzindo a carga fiscal”.

“Também é urgente o novo aeroporto para que os estrangeiros que necessitam de viajar para o nosso país tenham a certeza de que Portugal tem infraestruturas aeroportuárias de qualidade e que respondem à procura. Decisiva será também a capacidade de se investir na promoção externa do país, alargada a novos mercados, num contexto mais competitivo do que nunca, com todos os destinos turísticos a trabalhar na mesma direção”, concluiu.

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