Segunda-feira, Setembro 9, 2024
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Tecnologia e sustentabilidade: Como viajam os Millennials e a Geração Z?

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Quais são as preferências e comportamentos dos viajantes das gerações Millennials e Z? O mais recente relatório da Skift Research, “Exploring Gen Z and Millennial Travel”, indica que a crescente influência das plataformas digitais, a procura por sustentabilidade e o foco em experiências distintas emergem como tendências-chave que estão a redefinir o panorama do turismo para estas gerações.

O relatório identifica diferenças-chave entre os jovens viajantes dos EUA e da Europa. Os do Reino Unido e da Alemanha demonstraram uma inclinação para comportamentos de viagem mais aventureiros, revelando, ao mesmo tempo, uma disposição para desfrutar de períodos de férias mais extensos.

No contexto norte-americano, aproximadamente metade dos Millennials expressou uma preferência por viagens domésticas, evidenciando um desejo de explorar as diversas paisagens dentro do próprio país. Em contrapartida, observou-se um aumento nas taxas de viagens internacionais entre os jovens do Reino Unido e da Alemanha.

O estudo indica que fatores económicos, como custos de passagens aéreas e tarifas internacionais, podem influenciar a inclinação da Geração Z para as viagens domésticas.

Em relação à organização de viagens, o relatório sublinha a crescente influência das plataformas digitais, com 57% dos inquiridos a dependerem das redes sociais para planearem as suas viagens. Instagram, YouTube e Facebook emergem como as principais fontes de inspiração, indicando uma mudança para meios online e visuais. No entanto, “a Geração Z mostra uma clara preferência por plataformas como o TikTok e o Snapchat”.

A análise revela uma tendência crescente para reservas diretas, com os Millennials e a Geração Z a preferirem canais online diretos para a reserva de voos, embora a Geração Z apresente uma maior dependência de Agências de Viagens Online (OTAs, na sigla em inglês).

Outros padrões identificados incluem a preferência por reservas de última hora, planeamento de viagens flexível e a curto prazo.

Os hotéis continuam a ser a escolha dominante para acomodação, com os hotéis boutique e as casas de férias a ganharem popularidade. Destaca-se, no entanto, que a Geração Z demonstra uma preferência mais pronunciada por alugueres de férias em comparação com os Millennials.

O relatório também destaca o crescente interesse em atividades de bem-estar durante as viagens, além de um interesse partilhado em operadores turísticos que aderem a padrões sociais e ambientais, sublinhando uma preferência por práticas de viagem sustentáveis entre estas gerações.

“Os Millennials e a Geração Z estão a influenciar as tendências de viagem, com ênfase na tecnologia, sustentabilidade e na procura de experiências distintas e significativas”, afirma Varsha Arora, da Skift.

Em termos de fidelização, os Millennials demonstram uma preferência maior pelos programas de fidelização das companhias aéreas em comparação com a Geração Z, mas o estudo revela que ambas as gerações usam pontos para reduzir os custos das suas viagens. No entanto, quando se trata de programas de fidelização de hotéis, a diferença entre as duas gerações é menos evidente, com ambas a demonstrar um padrão constante de participação ativa nesses programas.

“Os dados destacam uma tendência significativa de viagens mistas, com uma percentagem mais elevada de Millennials a prolongar as suas recentes viagens de negócios para lazer em comparação com a Geração Z”, indica ainda o “Skift Research”.

Finalmente, o relatório destaca uma perspetiva positiva para a indústria de viagens, com os inquiridos a anteciparem um aumento nos gastos totais com viagens nos próximos 12 meses. “Os Millennials mostram um otimismo ligeiramente superior em relação ao aumento dos gastos com viagens. Preocupações sobre as mudanças climáticas, o impacto do turismo nas comunidades locais e o equilíbrio entre as responsabilidades de viagem e trabalho sublinham a crescente importância das considerações sociais e ambientais nas decisões de viagem”, conclui o relatório.

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