Terça-feira, Fevereiro 18, 2025
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“Temos de ser os líderes mundiais do turismo sustentável, do turismo ligado à natureza e ao oceano”

António Costa Silva afirmou ter uma visão positiva sobre o setor do turismo. “Muitas vezes subestimamos a dinâmica endógena que o turismo tem para se adaptar às situações e para ser resiliente”, defendeu. O ministro da Economia e do Mar recordou, durante a Conferência & Prémios Líderes do Turismo, que o setor, no primeiro trimestre de 2022, “cresceu de uma forma assinalável” e contribuiu a nível de procura externa líquida “para o crescimento de cerca de 11,9% do PIB”.

A indústria turística é “muito versátil”, defendeu o ministro. “O turismo puxa por outros setores da economia, valoriza o território, valoriza as comunidades, gera conhecimento, gera conectividade e desenvolve redes”.

Sustentabilidade

No futuro, António Costa Silva vê um setor turístico muito adaptado aos tempos modernos. “Nós temos de ser os líderes mundiais do turismo sustentável, do turismo ligado à natureza e ao oceano”. O ministro recordou que o programa de sustentabilidade Empresas 360 “é absolutamente crucial”. Já aderiram mais de 55 empresas, o que pode ajudar, segundo Costa Silva, a “desenvolver uma espécie de visão coletiva de sustentabilidade”.

O ministro considerou importante que a economia portuguesa continue a ter o turismo como um dos principais motores mas acredita que “é necessário extrair todas as lições extraordinárias que o setor do turismo nos tem proporcionado e adaptá-las aos outros setores de atividade”.

O turismo é o primeiro setor que apostou na sustentabilidade, de acordo com o ministro, que explicou que o governo pretende “disseminar essa experiência” noutras áreas. “O turismo é um setor que se tem reinventado, é de uma grande resiliência, e com apoios, com políticas públicas e com uma boa relação entre os operadores, empresas turísticas e organismos públicos penso que ainda podemos transcender muitas metas”.

Costa Silva recordou que, no auge da pandemia, Portugal foi o primeiro país do mundo a adotar o selo Safe & Clean, “o que teve uma repercussão internacional notável”. Neste novo ciclo, o governo planeia também adotar o selo ESG (Environmental, Social, and Governance) na área do turismo e transformar Portugal “no primeiro país do mundo líder nesta área, o que irá atrair muitos turistas e será também um fator diferenciador.”

Dentro de quatro a cinco anos, Costa Silva vê “um setor turístico muito pujante, líder no mundo a nível de sustentabilidade” e, ainda, “muito ligado à capilaridade económica em todo o tecido empresarial em Portugal”.

O ministro da Economia e do Mar defendeu que a crise climática é “o maior desafio da espécie humana dos últimos milénios” e afirmou que a sustentabilidade “obriga-nos a sermos mais exigentes”. Com políticas de sustentabilidade “as empresas vão ser mais rentáveis, vão aumentar a eficiência na utilização dos recursos e vão mudar a sua relação com tudo aquilo que as envolve”, argumenta.

Guerra na Ucrânia

A influência da guerra na Ucrânia, em Portugal, será positiva, de acordo com o ministro, que afirmou que “vivemos num país seguro” reforçando que “a segurança é absolutamente vital para as pessoas”.

Com esta nova era geopolítica, o país “tem ativos extraordinários que tem de potenciar, desde logo o facto de ser o terceiro ou quarto país mais seguro do mundo”, defende. “Se aliarmos essa imagem de segurança à sustentabilidade, podemos ir muito mais longe”.

Costa Silva referiu que a guerra na Ucrânia desencadeou uma crise energética mas recordou que Portugal tem um potencial imenso em energias renováveis. “O mar é uma fábrica escondida de energia”.

“O nosso objetivo é que o turismo seja uma indústria capilar na economia portuguesa, disseminada por todo o território e que funcione durante todo o ano, minimizando todos os efeitos da sazonalidade”, complementou.

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