O Turismo do Centro Portugal lançou uma nova plataforma que pretende funcionar como um índice de tudo o quanto existe na região, e destina-se a quem opte por trabalhar de forma remota, a partir da região Centro de Portugal.
Na plataforma encontra-se um índice, onde se pode encontrar, por sub-região, os diversos espaços onde podem trabalhar, nos diferentes regimes: co-work, incubadora artística, incubadora, centro de negócios, centro empresarial, espaço empresarial, hub criativo, hotel, parque tecnológico, co-living, espaço colaborativo, incubadora de base rural, residências artísticas, e retiro de empresas. Também têm à disposição um espaço de testemunhos, de histórias na primeira pessoa, sobre “como é trabalhar desde o Centro de Portugal”, em cada uma das oito sub-regiões.
A plataforma é um dos instrumentos do “Work From Centro de Portugal”, projeto que “pretende demonstrar que a Região Centro oferece vantagens únicas para quem tem a possibilidade de trabalhar de forma remota ou alternativa aos escritórios tradicionais, nas mais variadas vertentes, como o nomadismo digital ou as residências artísticas, naquela que é uma tendência global amplificada pela pandemia”, referiu a Turismo Centro Portugal em comunicado.
“Este projeto é a materialização da estruturação de um novo produto turístico que é o ‘nomadismo digital’, e é construído em estreita parceria com instituições públicas, associações, empresários mas, e sobretudo, com pessoas. As que na região Centro habitam, as que nela trabalham e as que potencialmente pretendam nela viver e trabalhar. É a capacitação deste destino, para acompanhar esta tendência que veio para ficar”, refere Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal.
“O trabalho remoto, no local certo, pode andar de mãos dadas com o conceito de felicidade. De facto, podemos trabalhar onde somos mais felizes. Podemos trabalhar junto à costa e surfar no final do dia, assim como podemos voltar ao nosso lugar de origem, para junto de família e amigos, e trabalhar a partir de um cowork local. Podemos escrever um livro no sossego de uma aldeia serrana ou podemos ser itinerantes e trocar de lugar de trabalho regularmente”, explica Carlos Bernardo, da Tipo-grafia, empresa autora do projeto, em co-autoria com o Turismo Centro de Portugal. “É neste quase infinito de possibilidades que o conceito de trabalho remoto se cruza com os territórios e consequentemente com o conceito de turismo. As escolhas sobre o lugar de trabalho são feitas em função do que o lugar pode oferecer. Foi a pensar na estruturação dessas oportunidades que surgiu o Work From Centro de Portugal”, acrescenta.
O objetivo deste projeto é “qualificar e educar a oferta para as necessidades desta nova forma de trabalhar e, ao mesmo tempo, seduzir a procura, com critério e transparência.”
Ao longo dos meses de trabalho já realizado neste projeto, foram desenvolvidas várias iniciativas. A primeira foi a elaboração de um Manual de Boas Práticas, documento orientador para os agentes locais, públicos e privados, que caracteriza a região, diferencia as vertentes de trabalho remoto, estuda casos de sucesso e orienta, caso a caso, a oferta em função das necessidades da procura.
Além disso, foram realizados workshops dirigidos ao setor público – Câmaras Municipais, Comunidades Intermunicipais, Associações de Desenvolvimento Territorial – e ao setor privado (coworks, alojamentos, animação turística), de forma a apresentar conceitos e casos de estudo, assim como sugerir soluções concretas para cada um dos setores.
Outra iniciativa foi a apresentação do território através das suas pessoas. Para isso, foram escolhidos diferentes embaixadores que, através das suas histórias, mostram como é viver e trabalhar no Centro de Portugal. O resultado foram 32 histórias, quatro por cada sub-região: Médio Tejo; Região de Leiria; Viseu-Dão-Lafões; Serra da Estrela; Oeste; Beira Baixa; Região de Coimbra e Ria de Aveiro. Rogério Leitão, pescador da Berlenga, Paulo Romão, proprietário das Casas do Côro, Diogo Rocha, chef com uma estrela Michelin, ou as Capuchinhas, uma cooperativa composta por quatro mulheres, que trabalham o burel numa aldeia da Serra do Montemuro, são alguns dos exemplos de histórias.
A plataforma agora disponível apresenta o território através destas histórias, além de agregar a oferta disponível para quem quer escolher o Centro de Portugal para trabalhar.