Sexta-feira, Maio 23, 2025
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Viagens ao estrangeiro por portugueses atingem máximo histórico em 2024, apesar de queda geral nas deslocações

As viagens ao estrangeiro realizadas por residentes em Portugal atingiram um máximo histórico em 2024, crescendo 6,2% face ao ano anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este aumento contrasta com uma quebra global de 3,2% no total de viagens efetuadas, que se fixaram em 22,9 milhões.

A nível nacional, as deslocações diminuíram 4,7%, reflexo sobretudo das quebras nos dois primeiros trimestres do ano. Já o último trimestre de 2024 revelou uma recuperação, com as viagens totais a crescerem 3,1% face ao mesmo período de 2023 – sendo que as viagens para fora do país aumentaram 7,0%.

Espanha continua a liderar, mas perde peso
Entre os destinos internacionais, Espanha manteve-se como o país mais visitado pelos residentes (40,6%), seguida por França (9,5%) e Itália (6,2%), embora todos tenham registado ligeiras perdas de representatividade. No total, 71,5% das viagens ao estrangeiro foram realizadas dentro da União Europeia.

O principal motivo para viajar em 2024 foi o lazer, recreio ou férias, representando 50,9% do total (11,7 milhões de viagens), com especial destaque nas viagens internacionais, onde esta motivação teve um peso de 70,3%. Em contrapartida, as deslocações por motivos profissionais ou de negócios caíram 12,9%, o maior decréscimo entre todos os motivos.

O alojamento particular gratuito manteve-se como a principal forma de estadia (59,4% das dormidas), embora tenha perdido peso face a 2023. Já os hotéis e similares reforçaram a sua expressão, sobretudo em viagens de lazer e negócios, representando 24,6% das dormidas.

O recurso à internet na organização das viagens subiu para 28,1% do total (+2,4 p.p.), sendo mais expressivo nas viagens ao estrangeiro (69,6%). Também a marcação prévia de serviços aumentou, com destaque para as viagens internacionais, onde foi usada em 93,3% dos casos.

A região Centro voltou a ser o principal destino nacional, concentrando 29,9% das viagens internas, seguida pelo Norte (25,0%). Lisboa perdeu protagonismo, caindo de 17,3% em 2023 para 14,9%. A duração média das viagens foi de 4,07 noites, praticamente inalterada em relação ao ano anterior.

Em 2024, apenas 48,7% da população residente realizou pelo menos uma viagem turística, uma queda de 3,0 pontos percentuais em relação a 2023, o que representa menos 138,6 mil turistas residentes.

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