A eDreams, agência de viagens online da Europa, revelou, esta terça-feira, dia 27 de julho, os resultados de um estudo realizado com o intuito de descobrir a perceção que os portugueses têm do mundo das viagens nos próximos meses, bem como os seus planos para este período.
Ainda num período de pandemia, mas já com grandes avanços no processo de vacinação e o regresso gradual a uma vida mais próxima daquela que conhecíamos antes, a eDreams conseguiu identificar quatro tendências centrais nas preferências dos inquiridos portugueses: viajar, destinos próximos de casa (pelo menos por agora), férias calmas e terapêuticas, isolamento, natureza e bem-estar.
No que toca ao investimento em lazer, viajar está no topo das prioridades dos portugueses, assim que a situação de pandemia o permita. Se tivesse poupado 1000 euros nos últimos meses, e as medidas de contenção da pandemia já tivessem sido aligeiradas, 74% afirmou que gostaria de os gastar em viagens, o que demonstra claramente a procura acumulada por viagens causada por longos meses de restrições. Esta é a preferência mais clara dos inquiridos, seguida por compras (39%), remodelações em casa (31%) e idas a restaurantes (25%).
Interessa referir que, ainda que seja a prioridade do total de inquiridos pela eDreams, Portugal está acima da média global: se, aqui, 74% dos inquiridos investiria em viagens, a nível global esse valor desce para os 68%.
A esmagadora maioria dos portugueses (80%) confirmou que vai, efetivamente, viajar nos próximos meses, se as condições sanitárias o permitirem.
No entanto 63% destes escolheu destinos próximos, à semelhança do que sucedeu em 2020, ano em que se registou uma tendência para viagens de verão dentro do próprio país, em 2021 os portugueses parecem continuar a ficar perto de casa. Apesar destes números há ainda quem se vai aventurar em viagens de longa distância (11%) e 6% vai cumprir uma “viagem de sonho”.
Outra tendência a assinalar é a associação clara entre as viagens e o seu bem-estar pessoal, quando questionados sobre que atividades consideravam mais terapêuticas, quase 8 em cada dez portugueses (77%) preferiram a opção “viajar pelo mundo”. Comparativamente, apenas 11% optou por “frequentar bares e restaurantes” e 7% por “fazer compras em lojas físicas”.
O estudo da eDreams concluiu ainda que, para a grande maioria dos viajantes nacionais (59%), a pandemia veio alterar o ambiente que consideram mais relaxante para as suas férias. Assim sendo, quatro em cada dez portugueses assinalaram que agora preferem estar sós (ou mais afastados de outras pessoas) nas férias do que antes da pandemia; em comparação com os 19% que, pelo contrário, preferem agora estar com mais pessoas do que anteriormente.
Em consequência, a maioria dos portugueses também diz preferir destinos mais tranquilos para as suas férias dos próximos meses: 31% assinala a preferência por férias remotas, longe da comoção dos locais urbanos; 24% tem vontade de fazer férias para relaxar e melhorar o seu bem-estar; também os destinos de praia e de natureza constam nos planos, com uma adesão de 21% cada. Finalmente, apenas 3% das pessoas prefere viajar para um destino urbano nos próximos meses, a percentagem mais baixa registada nos vários mercados onde a eDreams realizou este estudo.
Com este estudo a eDreams concluiu que “os viajantes nacionais estão muito ansiosos por voltar a viajar, à medida que o processo de vacinação vai progredindo e que as medidas de contenção são levantadas. No entanto, demonstram ainda uma atitude cautelosa relativamente às distâncias geográficas e ao nível de isolamento dos destinos escolhidos, destacando-se assim a preferência por destinos mais próximos de casa e marcados pela natureza, pela praia ou por atividades de saúde e bem-estar – tendências que se revelam cada vez mais importantes no momento atual.”