O grupo Vila Galé reforçou significativamente a sua presença no mercado latino-americano com a entrada em operação de três novas unidades hoteleiras em Cuba: o Vila Galé Express Park View, em Havana, o Vila Galé Tropical Varadero, e o Vila Galé Cayo Santa María. Este movimento representa mais um passo na estratégia de internacionalização do grupo português, que passa agora a contar com quatro hotéis em solo cubano e prepara a abertura de uma quinta unidade em 2025.
A operação resulta de um acordo de gestão com a Gaviota, empresa pública cubana proprietária dos hotéis. Segundo o administrador do grupo, Gonçalo Rebelo de Almeida, este processo começou a desenhar-se há vários anos, com contactos iniciais em 2015-2016, retomados com mais força entre 2021 e 2022.
“Na altura, o que estava em cima da mesa para abrir era o de Cayo Paredón, que foi o nosso primeiro hotel em Cuba, e um novo hotel em Havana que ainda está em construção. Mas logo depois disso ficou apalavrado que gostaríamos de expandir a operação. Já que estávamos em Cuba, fazia sentido estarmos nos principais destinos: Havana, Varadero e os cayos”, explicou em declarações ao TNews.
A oportunidade surgiu no início de 2025, quando a cadeia Sirenis abandonou três unidades cubanas — uma em Havana, uma em Varadero e outra no Cayo Santa María. A Vila Galé mostrou-se interessada e fechou o contrato de gestão das três, que estão a operar já a partir deste mês de junho.
“Achámos os hotéis interessantes e vamos arrancar agora com a operação. É uma aposta que vem consolidar a nossa presença em Cuba, com unidades localizadas nos principais pontos turísticos do país”, afirmou Gonçalo Rebelo de Almeida.
Três destinos, três experiências distintas
As novas unidades oferecem propostas complementares. Enquanto o Vila Galé Express Park View (Havana) é uma unidade simples, ideal para estadias curtas e para quem pretende explorar a cidade; o Vila Galé Tropical Varadero é um resort de praia com cerca de 430 quartos, situado numa das zonas balneares mais emblemáticas de Cuba. Apesar de ser uma unidade com mais de duas décadas, a Vila Galé está já a planear melhorias na decoração. A localização à beira-mar e a facilidade de acessos fazem desta unidade um destino atrativo para vários mercados internacionais. Por fim, o Vila Galé Cayo Santa María conta com 633 quartos, é o maior dos três novos hotéis. Trata-se de uma unidade recente, inaugurada em 2019, e que esteve encerrada durante a pandemia. Oferece uma experiência all inclusive com cinco restaurantes, bares, sala de espetáculos e campos desportivos, replicando o conceito do resort já existente em Cayo Paredón.
Crescimento sustentado e nova unidade a caminho
A entrada destes três hotéis em operação representa a adição de 1.120 quartos à oferta da Vila Galé em Cuba, que passará a gerir um total de quatro unidades no país. Em meados de 2026, está prevista a abertura de uma nova unidade em Havana — atualmente em construção — com mais 520 quartos, consolidando uma operação robusta naquele destino.
“Vamos ficar com uma grande operação em Cuba. Isso implica reestruturação de equipas e reforço com profissionais das nossas operações em Portugal e no Brasil, para garantir a transição”, adiantou o administrador.
A nível global, com estas novas adições em Cuba e outra prevista para abrir ainda este ano na Amazónia, o grupo passará a operar 52 unidades hoteleiras, com um total aproximado de 11.750 quartos.
Sem investimento direto, mas com grande mobilização interna
A operação foi realizada através de contratos de gestão, não implicando investimentos diretos, mas exigindo um esforço significativo em termos de tempo e recursos humanos. O grupo está, neste momento, a dinamizar campanhas de marketing, mudança de naming, e parcerias com operadores e agências de viagens, além de estar a promover intercâmbios internos para formar as novas equipas.
Portugal é já um dos mercados relevantes para as unidades cubanas da Vila Galé, especialmente para o resort de Cayo Santa María, graças ao voo semanal da Avoris. Os mercados canadiano, espanhol, alemão, italiano e inglês também têm forte presença, especialmente em Varadero e Havana, devido à facilidade de acessos e ligações aéreas.
“Esta operação mostra que continuamos a acreditar em Cuba como destino turístico, com uma excelente relação qualidade-preço e praias de excelência”, sublinha Gonçalo Rebelo de Almeida. “Mas mais do que isso, são as pessoas e a música cubanas que tornam este destino único.”
