Sexta-feira, Outubro 11, 2024
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Voos low cost representam 36% dos assentos programados em todo o mundo. Saiba quais os países mais dependentes

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Os voos de baixo custo representam 36% dos assentos programados em todo o mundo, revela uma nova pesquisa da Mabrian.

“Analisamos a presença e a distribuição global de companhias aéreas de baixo custo ao longo de 2023. Para isso, analisamos os horários aéreos de 698 empresas em todo o mundo, classificando-as em duas categorias: regulares e de baixo custo”, explica a consultora. Como companhias de baixo custo, a Mabrian considerou as empresas que oferecem preços reduzidos ao não incluir certos serviços que as companhias aéreas regulares oferecem, como bagagem, alimentação, etc.

No total, foram analisados mais de 2 mil milhões de assentos em companhias de baixo custo (em voos não domésticos) em todo o mundo, distribuídos por 173 companhias aéreas, representando 36% de todos os assentos internacionais programados em todo o mundo.

A pesquisa conclui que os países com maior presença de companhias aéreas de baixo custo em volume total são os Estados Unidos com mais de 395 milhões de assentos, a Índia com 147 milhões, a Espanha com 108 milhões, a China com 98 milhões e Itália com 85 milhões de assentos de baixo custo.

A Southwest, Ryanair, Indigo, easyJet e Spirit são as companhias aéreas low cost que mais se destacam no ranking por volume de assentos.

Os resultados por regiões

Ao repartir o estudo por regiões, na Europa, os países que recebem mais voos de baixo custo e, portanto, dependem mais destas companhias aéreas de baixo custo, são a Letónia, a Bulgária, a Lituânia, a Bélgica, a Eslováquia, a Itália, a Hungria e a Macedónia. Em todos estes países, a percentagem de voos de baixo custo ultrapassa os 70%.

Por sua vez, a Ásia é um continente com uma elevada predominância de voos de baixo custo, com países muito dependentes, incluindo a Índia, o Afeganistão, o Cazaquistão e o Tajiquistão, com uma percentagem de voos de baixo custo de mais de 60% da totalidade de voos.

Em África, os países que mais recebem voos de baixo custo são a Libéria, o Togo, a Serra Leoa, a Gâmbia e o Gabão, com uma percentagem de assentos de baixo custo superior a 52% e atingindo 64,25%.

No Pacífico, o país que recebe mais assentos de baixo custo é a Austrália, com 46%, enquanto em países como Nova Zelândia, Palau e Fiji a percentagem de companhias aéreas de baixo custo é muito baixa.

Na América do Norte, o México destaca-se como o país com percentual de assentos de baixo custo superior a 60%. Enquanto isso, os Estados Unidos, apesar de serem o país com maior volume total de assentos low cost, registam uma participação de apenas 33,7% destes voos.

Nas Caraíbas e na América Central, apenas Porto Rico ultrapassa o nível de 50% de assentos de baixo custo. Jamaica, República Dominicana e Haiti estão acima de 40%.

Por sua vez, na América do Sul, o Brasil é o país com maior predominância de conectividade inbound de baixo custo, com 60% de participação. O Chile, segundo colocado no ranking, tem participação abaixo de 40%.

“Os países com maior população (além da China), Índia, México e Brasil, todos têm penetração de baixo custo com mais de 60% de participação. A razão é que o fenómeno do baixo custo permitiu às transportadoras competir com as redes de autocarros e comboios”, Gavin ECLES

Carlos Cendra, Diretor de Marketing e Comunicação da Mabrian, refere que: “A penetração das empresas de baixo custo nos destinos faz parte da estrutura turística e do seu modelo de desenvolvimento turístico, mas também dos padrões de mobilidade dos seus habitantes. Embora o aparecimento de empresas de baixo custo possa ser visto como a evolução da oferta de viagens de férias operadas por turismo no sentido de um serviço menos organizado, ainda assim, para as massas, a conectividade de baixo custo também cumpre uma função importante de aumentar a interconectividade em regiões onde outros métodos de transporte são limitados“.

“Na verdade, além dos planos de férias, outras viagens, como visitar familiares ou amigos, e também viagens de negócios, geram muita procura por conectividade de baixo custo. É arriscado dizer que a conectividade de baixo custo supõe um modelo de turismo de baixo custo, embora recomendemos sempre que os destinos tenham o máximo de informação possível através de dados e tenham uma estratégia equilibrada na sua política de negociação com as companhias aéreas, para evitar ineficiências derivadas do excesso dependência”.

Por sua vez, Gavin Eccles, consultor internacional especializado em aviação e turismo, afirma que: “A percentagem de dependência de baixo custo está intimamente relacionada com três atributos diferentes: primeiro, o grau de apoio das autoridades reguladoras; segundo, a elevada percentagem de viagens domésticas; e em terceiro lugar, a importância do tráfego de lazer e do VFR (visitar amigos e familiares na sigla em inglês). Os países com maior população (além da China), Índia, México e Brasil, todos têm penetração de baixo custo com mais de 60% de participação. A razão é que o fenómeno do baixo custo permitiu às transportadoras competir com as redes de autocarros e comboios”.

“Por outro lado, a Europa é um grande prodígio de um forte modelo de baixo custo relacionado com férias e escapadelas, já que a Ryanair, a easyJet e a Wizz Air realmente impulsionaram o eixo norte-sul (originalmente para os europeus do norte passarem as férias no sul Europa) e as viagens de trabalho de emigrantes leste-oeste da Europa Oriental para países da Europa Ocidental. A política de céu aberto da UE permitiu um forte desenvolvimento de base, uma vez que uma companhia aérea com um AOC europeu (Certificado de Operador Aéreo) poderia estabelecer operações e voar dentro e a partir de qualquer Estado-Membro. Esta vantagem permitiu que os países realmente se comprometessem e apoiassem o modelo de baixo custo com incentivos aeroportuários e acordos de marketing para impulsionar as rotas”, conclui.

“É arriscado dizer que a conectividade de baixo custo supõe um modelo de turismo de baixo custo, embora recomendemos sempre que os destinos tenham o máximo de informação possível através de dados e tenham uma estratégia equilibrada na sua política de negociação com as companhias aéreas, para evitar ineficiências derivadas do excesso dependência”, CARLOS CENDRA

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