Sábado, Dezembro 7, 2024
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Web Summit gerou mais de 22 milhões de euros em receitas para a hotelaria da AML

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A estimativa de receitas provenientes da Web Summit, em toda a Área Metropolitana de Lisboa, é de 5.573.222€ por dia (cerca 22 milhões de euros nos quatros dias de evento), anunciou esta quinta-feira Cristina Siza Vieira, vice-presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). Este valor foi obtido através do inquérito “After Web Summit”, que teve como objetivo descobrir qual foi o impacto que este evento teve para a hotelaria da capital e da Área Metropolitana de Lisboa.

Em 2019, a Web Summit recebeu 70 469 participantes, de 163 nacionalidades; 2150 start-ups; e 1221 investidores. Este ano, a feira – que decorreu entre 1 e 4 de novembro – recebeu mais participantes do que no ano pré-pandemia, um total de 71 033, de 160 nacionalidades; e participaram 2296 start-ups e 1081 investidores.

Cristina Siza Vieira, recordou que em 2020 a Web Summit funcionou em regime remoto, devido à pandemia. Em 2021, “voltou a meio-gás”, com 42 751 participantes de 128 países, “muito pouca participação face ao que era esperado”, acrescentou.

Taxa de ocupação

Na Área Metropolitana de Lisboa (onde está incluída a cidade de Lisboa), 93% dos inquiridos pela AHP registaram uma taxa de ocupação superior a 80% e, apenas 3% tiveram uma taxa de ocupação inferior a 70%.

Na cidade de Lisboa, “tivemos claramente a hotelaria cheia neste período da Web Summit”, avançou a vice-presidente. 82% dos participantes no inquérito registaram uma taxa de ocupação superior a 90%. Apenas 1% tiveram taxas de ocupação inferiores a 70%, de acordo com os dados da AHP.

Comparativamente a 2019, na cidade de Lisboa, 31% dos inquiridos disseram que a taxa de ocupação este ano foi “igual” ou “melhor”, 18% responderam que foi “muito melhor” e apenas 10% afirmaram que foi pior do que em 2019.

Em toda a Área Metropolitana de Lisboa, 30% dos inquiridos disseram que a taxa de ocupação foi “igual” a 2019, 35% afirmaram que foi “melhor”, 16% “muito melhor” e apenas 10% responderam que foi “pior” do que em 2019.

Destaca-se que 82% dos inquiridos em Lisboa e 77% na AML tiveram uma taxa, nestas datas, de 91% a 100% de ocupação.

Preço médio por quarto

“Em relação ao preço médio, aqui de facto deu-se um salto muito grande [face a 2019]”, constatou Cristina Siza Vieira. Em 2019, 155€ era o preço médio por quarto durante a Web Summit. Este ano o preço aumentou 55€, para 210€ por quarto. Na Área Metropolitana de Lisboa, o preço médio também subiu 51€, de 142€ em 2019 para 193€ em 2022.

Na cidade de Lisboa, 43% dos inquiridos disseram que o preço médio por quarto foi “melhor” do que em 2019 e 42% afirmaram que foi “muito melhor”. Em toda a Área Metropolitana de Lisboa, 47% dos inquiridos também disseram que o preço em 2022 foi “melhor” e 41% “muito melhor”.

Mercados

Inquiridos sobre quais foram os três principais mercados que receberam durante a Web Summit, 52% dos estabelecimentos turísticos escolheram os EUA como um dos três principais mercados, 51% escolheram o Reino Unido e 43% o mercado francês.

Em 2019, 61% dos inquiridos tinham escolhido o Reino Unido, 44% o mercado espanhol e 43% os EUA como os três principais mercados.

Houve um crescimento, este ano, da presença do mercado norte-americano, visto que mais de metade dos inquiridos escolheu este mercado como um dos três principais. “Achamos também interessante que a Espanha já não esteja no TOP 3 dos principais mercados emissores”, referiu a vice-presidente. A Alemanha também “perdeu algum peso relativo este ano”, assim como o Brasil e a Itália – que desapareceu da tabela por completo. Pelo contrário, o Canadá e os Países Baixos destacaram-se em 2022.

Reservas

93% dos inquiridos pela AHP, na cidade de Lisboa, disseram que tiveram reservas de participantes da Web Summit nestas datas. Na AML, 86% dos inquiridos também disseram que “sim”.

O principal canal de reservas, este ano, foi a Booking.com, com 67% dos participantes a reservar através desta OTA. 14% reservaram através do website próprio 8% na Expedia, 6% noutros canais online e 5% no DMC próprio da Web Summit

“Esta situação para nós tem bastante significado. Se consultarem o último inquérito da AHP, relativamente a qual foi o principal canal de reservas, as OTA’S (Booking e Expedia) cresceram. Ainda não é possível fazer uma leitura, mas a Booking ganhou terreno e tornou-se no principal canal de reservas neste evento”, afirmou a vice-presidente da AHP.

“As reservas no website próprio têm uma performance relativamente modesta neste evento, era algo que nós gostaríamos muito que crescesse, tanto neste evento como no geral”, acrescentou, defendendo que “quanto menos intermediação, melhor”.

Estimativa de receitas

A estimativa de receitas provenientes da Web Summit este ano é de 4 733 883€ por dia. Este valor foi objetivo através da multiplicação do preço médio por quarto (210€) com a taxa média de ocupação (90%) e com o número de quartos de quartos (25047). A estimativa de receitas em toda a AML é de 5 573 222€ por dia. Cristina Siza Vieira sublinha que, “se incluíssemos os quartos de alojamento local coletivo, com mais de 10 quartos, estas receitas chegariam aproximadamente aos 7 milhões”.

120 estabelecimentos hoteleiros responderam a este inquérito, dos quais 84.2% pertencem à cidade de lisboa e 18.8% à AML. O inquérito foi realizado entre 7 e 21 de novembro pelo Gabinete de Estudos e Estatística da AHP, junto dos empreendimentos turísticos associados, não associados e aderentes ao Hotel Monitor.

*Artigo corrigido às 21h00 de 15 de dezembro de 2022

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