Domingo, Novembro 16, 2025
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WTM: Pedro Machado defende “crescimento em valor” e justifica subida de preços com valorização do setor

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O Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, defendeu em entrevista ao TNews na World Travel Market (WTM) que Portugal deve apostar no crescimento em valor, justificando eventuais aumentos de preços com a melhoria da qualidade dos serviços e pela necessária valorização das profissões no setor. O governante destacou ainda o reforço do investimento no mercado britânico e a estratégia de diversificação territorial e de produto que está a ser promovida em Londres.

“Portugal tem de oferecer, pelo valor justo, a qualidade dos seus serviços e a qualidade dos seus produtos”. O responsável referia-se diretamente às preocupações manifestadas por empresas portuguesas na WTM sobre o aumento dos preços da hotelaria e dos voos.

“Comparativamente com outros mercados, nossos principais concorrentes, nomeadamente a Croácia, Portugal teve durante muitos anos preços considerados relativamente baixos.” Pedro Machado admitiu que alguma subida de preços pode ser necessária para permitir “a valorização das profissões, a valorização daqueles que trabalham no turismo”, mas salientou que “o ajustamento entre aquilo que é o serviço prestado e a qualidade do produto que oferecemos pode ser melhorado”.

“Portugal tem de oferecer, pelo valor justo, a qualidade dos seus serviços e a qualidade dos seus produtos.”

Investimento reforçado e presença recorde em Londres

Questionado sobre o que mudou desde o ano passado – quando destacava a confiança dos operadores britânicos e o crescimento das dormidas -, Pedro Machado afirmou que “mudou a nossa própria propositura face ao mercado britânico”. O secretário de Estado explicou que Portugal “aumentou exponencialmente o investimento” neste mercado, aproximando-se dos “5 milhões de euros, contabilizando o esforço do Turismo de Portugal e das próprias agências regionais”.

“É possível perceber que estamos a reganhar esta confiança”, afirmou, referindo-se ao trabalho de promoção que tem vindo a ser desenvolvido junto dos principais operadores britânicos.

O governante destacou ainda que o novo stand nacional, estreado este ano em Londres, foi pensado segundo critérios de sustentabilidade, “todo ele é feito em material reutilizável”, e acolhe 119 empresas portuguesas, “a maior presença de sempre”. O espaço, acrescentou, “vai fazer várias feiras” e tem servido para “estabilizar contactos com os principais operadores e DMCs”, incluindo reuniões com a AITO e outras associações.

Reino Unido permanece como principal origem de turistas

O Reino Unido continua a figurar como o principal mercado emissor para Portugal. Em 2024, o país recebeu 2,4 milhões de britânicos e registou “mais de 10 milhões de dormidas”, recordou o governante. Pedro Machado afirmou que, no acumulado de 2025, o crescimento em fluxo é de “ordem dos 1%”, enquanto as receitas estão a crescer “acima dos 5%”.

“O caso do Algarve apresenta-se com outros produtos que não apenas o Sol e praia e o golfe”, declarou, referindo que o Governo pretende alargar a procura britânica a outros territórios. “Queremos que continuem a crescer, mas também abrindo horizontes para o Alentejo, para os Açores, para o centro de Portugal, para o norte de Portugal, diversificando o produto, cada vez mais apostando no enoturismo, no turismo ativo, no ecoturismo”.

“Acredito que este ano Portugal vai ter um crescimento entre 5% e 6% em receitas e entre 2% e 4% em fluxo.”

Sobre a imagem internacional do país, Pedro Machado disse que a campanha “Portugal is Art” continua a ser o eixo de comunicação e que, este ano, foi reforçada com “a dimensão do mar”. “Queremos apresentar um país mais moderno, mais contemporâneo, mais competitivo, mais atrativo”, afirmou, acrescentando que as novas ferramentas digitais e a inteligência artificial devem ser usadas para comunicar essa modernização.

Questionado sobre as projeções de crescimento que tinha avançado no início do ano – entre 2% e 3% -, o secretário de Estado afirmou que os dados “confirmam essa tendência de crescimento face a 2024”. Explicou que os resultados até setembro são encorajadores, destacando que agosto “foi o melhor mês de sempre”, com receitas a ultrapassar os 4,3 mil milhões de euros. Pedro Machado reiterou ainda a estimativa anual de crescimento “entre 5% e 6% em receitas e entre 2% e 4% em fluxo”.

Tnews
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