O World Travel & Tourism Council (WTTC) lançou um novo relatório no qual descreve recomendações e melhores práticas para gerir alojamentos de curta duração, afirmando que “é um segmento importante e em rápido crescimento do setor de viagens e turismo”.
O relatório, denominado ‘Melhores práticas para aluguer de curta duração’, desenvolvido pelo WTTC com o apoio do Airbnb, baseia-se nas experiências de cidades em todo o mundo para oferecer práticas recomendadas fáceis de implementar para este tipo de alojamento, “que se tornou uma escolha popular entre os viajantes”.
De acordo com o órgão global de turismo, a capacidade do setor de viagens e turismo de receber viajantes aumentou devido “em parte à crescente popularidade dos aluguéis de curto prazo”.
O artigo sugere que o aluguer de alojamentos de curta duração “aumentou o número de unidades disponíveis e ajudou na disseminação de visitantes num destino, ampliando a participação da comunidade local no turismo e oferecendo uma opção diferente e às vezes única aos viajantes”.
Para ajudar a lidar com a crescente popularidade destes alojamentos, o relatório oferece estudos de caso de destinos como Cidade do Cabo, Sidney e Seattle, entre outros. Inclui recomendações de políticas simples, como a partilha de dados, registo, tributação inteligente e abordagens de investimento comunitário de longo prazo para beneficiar todas as partes interessadas.
Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, disse: “À medida que começamos recuperar dos estragos da pandemia, devemos concentrar-nos em reconstruir melhor cada um de nossos setores. As melhores práticas oferecidas neste relatório fornecerão aos governos as principais recomendações de políticas que promoverão o turismo nos seus destinos e apoiarão as comunidades locais”.
Os hóspedes são frequentemente atraídos para os alojamentos de curta duração “pela sua flexibilidade e comodidades que oferecem, como cozinhas, escritórios e jardins, e a capacidade de permanecer em locais fora das zonas turísticas tradicionais”, refere o estudo.
De acordo com uma pesquisa com hóspedes que ficaram em alojamentos anunciados pelo Airbnb em 2021, 20% indica que, se a escolha da propriedade não fosse uma opção, eles teriam alterado a duração da estadia para garantir que pudessem reservar a sua propriedade preferida.
Carlos Mercado, diretor executivo da Puerto Rico Tourism Company, que encomendou o relatório, afirma: “Durante a pandemia, os alojamentos de curta duração forneceram um impulso muito necessário não apenas ao nosso setor de viagens e turismo, mas também à nossa economia”
“A receita gerada é usada para financiar os nossos esforços de marketing, o que é fundamental para atrair visitantes internacionais de volta a Porto Rico.”
O relatório dá o exemplo que Sidney, na Austrália, que tomou medidas para “regular os alojamento de curta duração, incluindo um sistema de registo digital para obter consistência entre todas as partes interessadas”.
“A partilha de dados permite que os governos acompanhem e gerenciem atividades de alojamento de curta duração e ajuda a informar decisões políticas baseadas em dados. Para apoiar isso, o Airbnb construiu o seu Portal da Cidade como um balcão único para os dados relevantes que os governos podem exigir”.
A Cidade do Cabo, na África do Sul, é outro dos exemplos referidos, na medida em que “beneficiou desses dados para tomar decisões sobre turismo e política de habitação durante uma crise de habitação a preços acessíveis em 2017”.
“Os governos também podem beneficiar da atividade económica e do imposto que os alojamentos de curta duração geram para os seus destinos. Em Porto Rico, o aumento da receita tributária facilitou o financiamento das atividades da Puerto Rico Tourism Company”, aponta o relatório.
Por fim, os “moradores podem beneficiar da rendimento extra obtido com o alojamento. As autoridades francesas colaboraram com o Airbnb para garantir que a estrutura regulatória para alojamento de curta duração fosse simples e proporcional para anfitriões casuais”.
