Quinta-feira, Março 28, 2024
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Accor prevê que 20% das reuniões de negócios vão desaparecer para sempre

A Accor advertiu que as viagens corporativas vão reduzir significativamente em toda a Europa, relativamente aos níveis de 2019. O grupo hoteleiro previu que 20% das reuniões de negócios vão desaparecer para sempre, num relatório publicado na segunda-feira, “para serem substituídas por equivalentes virtuais ou pela perceção de que não eram necessárias em primeiro lugar”.

Para a elaboração deste relatório, inserido no painel anual Accor’s Master of Travel, o grupo convocou líderes empresariais de 10 indústrias distintas, responsáveis por viagens de negócios, para partilharem a sua visão sobre as viagens empresariais num mundo pós-pandémico. O consenso era que, em 2022, o número de viagens empresariais iria reduzir um quinto, em comparação com os níveis pré-pandémicos. Um dos líderes previu um declínio de 50%. O relatório cita duas razões fundamentais: um aumento das reuniões online, e uma reavaliação do que constitui uma viagem “crítica para os negócios”.

Contudo, o relatório observou que ainda existe uma “necessidade imperativa” de efetuar reuniões presenciais. Envolver os trabalhadores e motivá-los a voltar à estrada, quando agora estão habituados a trabalhar a partir de casa, é uma prioridade para as empresas em 2022, de acordo com os líderes presentes no painel, que acreditam que a produtividade e as receitas aumentam quando as pessoas se juntam pessoalmente.

No entanto, embora se preveja menos viagens, a Accor acredita que os viajantes “permanecerão mais tempo” no destino durante as viagens de negócios. Um dos líderes explicou que “conhecer quatro ou cinco clientes, em vez de um ou dois significa menos viagens e menos carbono”. Desde 2020 que um número crescente de empresas terminaram de vez com as viagens de negócios de um dia.

Porém, durante o evento chegaram à conclusão que, no mundo pós-pandémico, qualquer viagem de negócios precisa de justificar o seu custo de carbono. “A compensação do carbono destas viagens já não é suficiente. Os nossos parceiros hoteleiros precisam de provar que estão a reduzir ativamente a sua pegada”, afirmou um dos líderes.

A capacidade de realizar reuniões virtualmente ou com tecnologia híbrida é valorizada pelos líderes empresariais, mas viajar para uma reunião tem de ser “crítico em termos de negócios” para justificar o custo financeiro e de carbono. Resumindo a importância central das questões ambientais, um dos líderes presentes sugeriu que “em 2023, as empresas terão um orçamento de carbono em vez de um orçamento financeiro”.

“O futuro das viagens de negócios deve banir as viagens inconsequentes e substituí-las por viagens de negócios críticas, que sejam planeadas de forma sustentável e que produzam resultados para o colaborador, o empregador e o planeta”, concluiu Sophie Hulgard da Accor.

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