A companhia aérea russa Aeroflot anunciou a compra de 323 aeronaves de fabricação russa, para renovar a sua frota. Esta compra deve-se à impossibilidade de adquirir aeronaves e peças de reposição da Airbus ou Boeing, como resultado das sanções impostas pelo Ocidente, avança o Hosteltur.
“É um número considerável que exige que obtenhamos recursos adicionais”, disse Sergei Alexandrovski, o novo diretor geral da estatal, em reunião com o presidente russo, Vladimir Putin.
A estatal comprará 210 Irkut MC-21, embora com motores russos, que não serão montados até 2024 ou 2025; 73 Sukhói Superjet e 40 Tu-214.
A Aeroflot, que não pode voar para os países ocidentais desde o início da guerra na Ucrânia, agora tem 183 aviões, todos Boeing e Airbus, à exceção de cinco Superjets.
Sergei Alexandrovski explicou ainda que a companhia aérea “sincronizou” totalmente a renovação do parque com o programa estatal para o desenvolvimento do setor de transportes russo para 2030, para o qual também vai contratar mais 3.500 pilotos.
Vladimir Putin admitiu que há “muitos problemas” no setor, mas que o governo tenta ajudar todas as companhias aéreas, principalmente a líder do setor.
O presidente russo lembrou que o Governo destinou 50.000 milhões de rublos (832 milhões de euros), uma ajuda que Alexandrovski considera “suficiente”. O diretor da companhia aérea destacou ainda que, graças às medidas de auxílio estatal, os preços dos bilhetes foram reduzidos em 10% este ano em relação a 2021.
No primeiro semestre deste ano, a Aeroflot transportou 7,9 milhões de passageiros, menos 5% do que no primeiro semestre de 2021, uma queda que no caso dos voos internacionais foi de 11,4%, para 1,7 milhões de passageiros.