Quarta-feira, Outubro 16, 2024
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Aeroporto de Lisboa: “Senhor primeiro-ministro use a maioria absoluta e decida já

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O presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, pediu hoje ao primeiro-ministro que use a sua maioria absoluta e decida já sobre o aeroporto de Lisboa. “A questão do aeroporto não pode continuar, não podemos continuar com estudos, com novas localizações, temos de decidir e já. O que a confederação lhe pede, senhor primeiro-ministro, é que, tendo esta maioria absoluta, use-a”.

Francisco Calheiros falava na cerimónia de abertura da 6ª cimeira do turismo português, que acontece esta terça-feira, dia 27 de setembro, em Lisboa, subordinada ao tema “O Turismo e o Novo mundo”.

Francisco Calheiros recordou o estudo da CTP apresentado no mês de julho que aponta para uma perda de quase 7 mil milhões de euros pela não decisão do aeroporto, refletindo este número a melhor das hipóteses. “O que queremos é que entream mais receitas no país”, afirmou

Além do aeroporto, Francisco Calheiros dirigiu-se a António Costa para lhe dizer que os apoios ao turismo são tardios ou insuficientes. “Se no início da pandemia congratulámo-nos com as medidas de apoio, agora dá ideia um bocadinho que o Governo se esqueceu do motor da economia, do turismo, as medidas de capitalização das empresas, as agendas mobilizadores, tudo se parece ter desvanecido”.

“Infelizmente, uma boa parte das medidas anunciadas pelo Governo para apoiar as empresas portuguesas – e não só as do Turismo – ou ainda não se concretizaram e não chegaram efetivamente à economia ou são insuficientes, como os apoios extraordinários anunciados este mês para combater a inflação”, disse.

“As empresas esperam apoios estruturais; medidas que prevaleçam no tempo e não apenas paliativos pontuais. São necessárias medidas de âmbito fiscal, por exemplo, e não apenas apoios, que no geral, passam pela concessão de crédito que ainda endividam as empresas”, defendeu.

O presidente da CTP sublinhou a resistência do turismo e a sua responsabilidade na recuperação da economia portuguesa. “Recuperou bem mais cedo que o previsto, ultrapassando até em muitos indicadores o ano de 2019, mas não podemos esquecer que os anos de 2020 e 2021 foram muito difíceis, pelo que não serão suficientes os excelentes resultados deste ano para recuperar completamente as empresas”.

A cimeira do Turismo Português decorre esta terça-feira, dia em que se assinala o Dia Mundial do Turismo. “Vivemos tempos incertos e desafiantes, guerra, inflação, taxas de juro, custos de contexto cada vez maiores, a começar por energia e matérias primas. A palavra que mais se ouvirá será incerteza. Mais do que apoios o que o turismo quer é que se criem condições para que seja cada vez mais forte”, concluiu Francisco Calheiros.

Leia a entrevista a Francisco Calheiros:

Entrevista: “Qualquer nova localização que surja para o aeroporto é mais areia na engrenagem”

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