Segunda-feira, Fevereiro 17, 2025
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Agências de viagens espanholas esperam recuperação em 2022, mas revelam cautela quanto aos efeitos da inflação

A Confederação Espanhola de Agências de Viagens (CEAV), com o apoio da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), promoveu na passada quarta-feira, dia 4 de maio, um workshop da oferta turística espanhola em Lisboa.

Com a participação de cerca de 30 empresas de turismo espanholas, incluindo companhias aéreas, destinos regionais, cadeias hoteleiras e serviços turísticos, o evento pretendeu fomentar as relações com as agências de viagens e operadores turísticos associados da APAVT, como explicou Carlos Garrido, presidente da CEAV em declarações à imprensa.

Nos últimos anos, a APAVT e a CEAV têm estreitado relações a vários níveis, algo visto como natural pelo presidente, tendo em conta as semelhanças entre os dois mercados.

“Temos uma relação muito próxima da APAVT. O mercado ibérico comporta-se de forma similar. Estamos juntos na defesa do setor e das agências na Europa. Acreditamos que o mercado ibérico é único, na medida em que os turistas que vêm a Espanha interessam-se por Portugal, e vice-versa. Se falarmos de mercado único, estamos a falar de 100 milhões de turistas em 2019, e é o principal mercado turístico mundial”, defende Carlos Garrido.

Questionado sobre a retoma do turismo em Espanha, o presidente da CEAV afirma que “o turismo recetivo já recuperou”, a avaliar pelo que sucedeu na Semana Santa e no mês de abril, períodos em que a “a ocupação hoteleira foi muito boa, principalmente do mercado britânico, Norte da Europa e Alemanha”, refere. Apesar dos números já serem “muito semelhantes aos de 2019”, Carlos Garrido sublinha, no entanto, que apenas “25% da faturação das agências vem do turismo doméstico e 75% é turismo internacional emissor, sendo que este está a recuperar mais devagar, porque existem muitos países que estão fechados, sobretudo na Ásia”.

O presidente da CEAV está confiante quanto aos resultados de 2022, mas mostra-se mais cauteloso face ao futuro a médio e longo prazo, nomeadamente com as repercussões que a guerra na Ucrânia podem ter a dois níveis: “Primeiro, a subida dos combustíveis, e isso afeta diretamente o turismo e a atividade das agências de viagens, e também a inflação, que está acontecer como consequência da subida dos combustíveis. Portanto, a perda do poder de compra dos clientes é algo que nos preocupa a médio e longo prazo. Mas acreditamos que este ano vai ser bom, com números interessantes”.

Esta é a segunda vez que a CEAV promove um workshop em Portugal. A confederação que reúne todas as associações de agências de viagens espanholas, num total de 28, costuma organizar seis workshops em Espanha, sendo este o único que faz fora do país.

Recorde-se que a CEAV e a APAVT organizam, desde há quatro anos, a Cimeira da Aliança Ibérica de Agências de Viagens, evento que reúne os líderes da distribuição turística em Espanha e Portugal, para discutir temas que são comuns ao setores nos dois países, como é o caso das relações com a IATA ou a fiscalidade.

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