A Airbus ultrapassou a Boeing ao fechar o ano fiscal de 2022 com o maior número de entregas de aeronaves, liderando o setor aeroespacial pelo quarto ano consecutivo, avança o Hosteltur.
O grupo europeu disse ter entregue 661 aviões no ano passado, um aumento de 8% em relação aos 12 meses anteriores, mas menos do que o objetivo inicial de 720 aviões.
“Em 2022 servimos 84 clientes com 661 entregas, um aumento de 8% em relação a 2021. Obviamente, o número está abaixo do nosso objetivo, mas dada a complexidade do ambiente operacional, quero agradecer às equipas e aos nossos parceiros o trabalho árduo e o resultado final”, disse Guillaume Faury, CEO da Airbus.
Como outros fabricantes, incluindo a rival Boeing, a Airbus tem enfrentado escassez de matérias-primas e de mão de obra, bem como atrasos nas entregas de motores, segundo o Financial Times. A guerra na Ucrânia e os elevados custos energéticos apenas contribuíram para agravar as tensões. A cadeia de abastecimento, advertiu Faury, permaneceu “frágil” até 2023.
Ambas as empresas divulgaram os seus números que, embora favoreçam a Airbus em ambas as categorias, demonstram que a Boeing aumentou as vendas do 737 MAX, retomou as vendas 787 Dreamliner e assumiu a liderança no segmento de aviões de fuselagem larga.
A Boeing disse, na terça-feira, que entregou 480 aviões em 2022, em comparação com 340 entregas no ano anterior.
As entregas, no quarto trimestre, para as companhias aéreas americanas United, Southwest e American Airlines impulsionaram a contagem final do grupo. Subiram de 35, em outubro, para quase o dobro no último mês de 2022 – uma “explosão em dezembro”, disse o analista Peter Arment, da Robert W Baird.
A fabricante norte-americana, que tenta recuperar a participação de mercado perdida desde dois acidentes que envolveram a sua aeronave Max 737, registrou 935 pedidos brutos e 774 pedidos líquidos, após contabilizar cancelamentos e conversões.
