“Estamos a fazer melhor do que a nossa concorrência”, sublinhou Miguel Quintas no primeiro dia de trabalhos do Airmet Summit. O chairman da Airmet Portugal adiantou que o novo diretor geral tem um “perfil vocacionado para as agências de viagens”, deixando claro que “a estratégia da Airmet não muda”.
A 1.ª edição do Airmet Summit junta 40 agências de viagens em Punta Cana, na República Dominicana, de 28 de outubro a 5 de novembro. Com o apoio da World2Meet (W2M), o evento promove formação especializada, networking e momentos de lazer durante oito dias. O summit dedicou o seu primeiro dia, 29 de outubro, ao convívio entre agentes de viagens e o grupo com uma excursão à ilha da Catalina, em Punta Cana. As sessões de trabalho tiveram início esta terça-feira (30), com apresentações de Miguel Quintas e do diretor geral Luís Henriques.
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“O que queremos para o futuro é ser o maior e o melhor”, destacou Miguel Quintas. “O melhor eu sei que nós somos. O maior pode-se contar pelo número de agências; ainda não, mas estamos a caminho e todos os anos, todos os meses, todas as semanas, todos os dias, estamos mais próximos de ser o maior. Por alguma razão, somos o grupo que mais cresce em Portugal. Isto é um sinal de que há alguma coisa que estamos a oferecer, alguma coisa que estamos a fazer bem, alguma coisa estamos a fazer melhor do que a nossa concorrência, e sublinho que estamos a fazer melhor do que a nossa concorrência”.
Na sequência do anúncio da saída de Luís Henriques do cargo de diretor geral, Miguel Quintas aproveitou a oportunidade do Airmet Summit para “deixar um convite em direto ao Luís, no momento da sua saída, que será no dia 31 de dezembro deste ano, para vir ocupar um lugar permanente no conselho consultivo da Airmet. É um convite que endereço ao Luís porque faz-nos falta e conhece a casa por dentro”.
Ainda sobre a onda de mudanças no seio da direção, Quintas afirmou que “é óbvio que uma alteração de uma das maiores redes de distribuição em Portugal, que é o caso da Airmet, é um motivo de procurar saber quem será o próximo diretor geral”. “A pessoa que vem substituir o Luís está escolhida e tem contrato assinado, mas por razões de confidencialidade não posso revelar o nome durante os próximos dias”, informou. “E por uma razão muito simples: esta pessoa vem de uma outra empresa, com a qual tenho um acordo com os diretores de não divulgar [o nome] porque precisam de fazer uma restruturação interna”.
Miguel Quintas frisou que “a estratégia da Airmet não muda. A estratégia da Airmet mantém-se e é servir os agentes de viagens como desde o momento em que nasceu”. Sobre o sucessor de Luís Henriques, garantiu que “é uma pessoa do setor” com “um perfil vocacionado para os nossos clientes, as agências de viagens”, acrescentando que “não é uma pessoa igual ao Luís porque eu não acredito em fotocópias”. “Só posso acreditar, com plena confiança, que irá fazer um bom trabalho de forma diferente, mas com a mesma estratégia e a mesma missão”, rematou.


Uma viagem no tempo pela história da Airmet
A primeira sessão do dia centrou-se no tema “Airmet: uma empresa com história” e contou com a participação de Luís Henriques e Miguel Quintas. A apresentação começou no nascimento da empresa em 2006, em Espanha, e estendeu-se por 18 anos de história em Portugal, com a inauguração no país em 2006 com apenas 15 agências, até ao legado deixado pelo ainda atual diretor geral. Já a entrada no mercado brasileiro deu-se com 200 agências, disse.
“Há uma grande diferença que se tem notado desde o nascimento da Airmet até aos dias de hoje: é a união”, realçou Miguel Quintas. “A Airmet não é nada sem as agências de viagens. A Airmet hoje está perto de 500 agências. Uma agência organiza, gere e apoia estas 500 agências que querem que o negócio vá para a frente e que necessitam de trabalhar em conjunto”.
Luís Henriques falou sobre o desafio da sua entrada na Airmet em 2020, num setor turístico que via as suas pernas cortadas pela pandemia. “Decidimos alterar rapidamente o modelo de negócios”, tornando-o “mais competitivo”, explicou o diretor geral. Entre as medidas adotadas estiveram a redução das avenças das agências em quase 70%, a mudança a nível da comunicação, o aumento do número de visitas às lojas, a renovação do conselho consultivo, e formações e webinars durante o covid-19.
“No ano de 2024, nós temos até à data o encerramento de 27 agências connosco contra 489 [associadas] à data. Nós, com isto, acreditamos que conseguimos aumentar o nível de satisfação que as agências têm connosco”, afirmou Luís Henriques. “Conseguimos também fazer com que as agências olhem cada vez mais para nós com um atitude mais cooperativa, com uma crítica mais construtiva, de forma a que todos juntos possamos trabalhar em conjunto”.
Sobre o futuro da Airmet, Luís Henriques acredita que “a estratégia está muito bem definida. Para 2025, principalmente a questão da contratação, provavelmente continuará muito semelhante àquilo que foi este ano, o que nos dá alguma estabilidade e segurança. Temos esperança de melhorar algumas condições”
Como gerir uma agência de viagens
Na segunda sessão, Luís Henriques voltou a subir ao palco do Airmet Summit para apresentar aos agentes como melhorar a gestão de uma agência de viagens. Para o diretor geral, os “aspetos fundamentais da gestão” passam pelo planeamento, organização, controlo, vendas e marketing, e a liderança, que é “o mais importante de todos”.
“Acredito que as nossas ações enquanto líderes realmente têm impacto na vida das pessoas. A liderança vai muito mais além do que mostrar autoridades e os recursos humanos são o recurso mais escasso das agências de viagens”, sublinhou o diretor geral, que defende que “líderes sacrificam resultados, não sacrificam pessoas”.
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*Viajou para Punta Cana a convite da Airmet