O Alojamento Local (AL) teve um impacto económico de 350 milhões de euros em 2023 nos Açores, de acordo com a associação representativa do setor, que alerta para dificuldades na cobrança da taxa turística em São Miguel.
“O impacto económico do alojamento local total, os benefícios diretos, indiretos e induzidos, já representa 350 milhões de euros só em 2023”, disse o presidente da Associação de Alojamento Local dos Açores (ALA), João Pinheiro, à agência Lusa. Os dados constam de um estudo do professor universitário Gualter Couto, apresentado no sábado, no segundo dia do terceiro Encontro de Alojamento Local dos Açores.
Estes 350 milhões de euros significam 6,5% do Produto Interno Bruto dos Açores, sendo que o AL representa “mais de 40% das dormidas” e “mais de 60%” das camas da região.
O presidente da ALA alertou para as dificuldades na aplicação da taxa turística, que começou a ser implementada a partir de janeiro em cinco dos seis municípios (Ponta Delgada, Povoação, Vila Franca do Campo e Ribeira Grande e Lagoa) da ilha de São Miguel.
“Temos de fazer o trabalho em cima da hora no ‘check-in’ de cobrar a taxa turística com poucas informações para dar. Não tem sido fácil. Somos resilientes e estamos a conseguir cumprir a lei, mas não está a ser fácil”, referiu João Pinheiro.
Após o primeiro mês de cobrança, os empresários vão ter de introduzir os dados dos hóspedes nas plataformas das respetivas autarquias, uma situação que deverá gerar “constrangimentos”, segundo o responsável, citado pela Lusa.
“Temos de ter muito cuidado com aquilo que estamos a transmitir, mesmo com a pouca informação que temos. Não temos informação oficial das autarquias para apresentar aos clientes. Nós é que temos de fazer esse trabalho”, destacou.
De acordo com o presidente da associação, a taxa não tem sido bem recebida pelos clientes, uma vez que “a maioria das reservas foi efetuada antes” da sua implementação.