O alojamento turístico em Portugal terminou o primeiro mês do ano com 1,6 milhões de hóspedes e 3,7 milhões de dormidas, refletindo uma “trajetória de aceleração”, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em janeiro, os proveitos totais do setor subiram quase 14%, para 262 milhões de euros.
“O setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes (+8,3%) e 3,7 milhões de dormidas (+6,3%) em janeiro de 2025, gerando 262 milhões de euros de proveitos totais e 188,9 milhões de euros de proveitos de aposento (+13,8% e +14,2, respetivamente)”, indicam as estatísticas rápidas da atividade turística relativas ao mês de janeiro, divulgadas pelo INE esta sexta-feira, dia 28.
Em janeiro, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 33,2 euros, um aumento de 10% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 89,3 euros (+7,3%).
As dormidas de residentes atingiram 1,3 milhões no primeiro mês do ano, representando um aumento de 11,3% (-0,2% em dezembro de 2024). Os mercados externos cresceram 3,8% (+4,4% em dezembro), alcançando 2,4 milhões de pernoitas.
Os dez principais mercados emissores representaram 70,5% do total de dormidas de não residentes. Embora tenha registado um decréscimo de 3,3% face ao mês homólogo, o Reino Unido manteve-se como o mercado com o maior peso, com 14,6% do total das dormidas de não residentes em janeiro.
A Alemanha foi o segundo principal mercado emissor em janeiro (11,2% do total), sendo que as suas dormidas cresceram 5,1%. Seguiu-se o mercado espanhol, na terceira posição (quota de 8,4%), com um ligeiro aumento de 0,8%.
Entre os dez principais mercados, o polaco destacou-se com o maior crescimento (+16,6%) em janeiro, seguindo-se os Estados Unidos (+10,3%). Em sentido contrário, o INE verificou decréscimos nos mercados francês (-9,6%) e brasileiro (-8,8%).
Dormidas cresceram em todas as regiões, mas Albufeira e Portimão registam quedas
Em janeiro, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas, tendo os maiores aumentos ocorrido na Península de Setúbal (+14,4%) e no Alentejo (+11,4%). De acordo com o INE, o Algarve registou o crescimento mais modesto (+1,1%).
O INE aponta para aumentos nas dormidas de residentes em todas as regiões, mas foram a Madeira (+35,9%) e o Algarve (+19,3%) que registaram as subidas mais expressivas. Quanto às pernoitas de não residentes, houve crescimentos na maioria das regiões, destacando-se a Península de Setúbal (+25,2%). As únicas regiões com decréscimos foram o Algarve (-3,3%) e o Centro (-2,9%).
O município de Lisboa concentrou 24,3% do total de dormidas, com 892,8 mil (+5,2%, após +2,2% em dezembro). Este município representou 30,8% do total de dormidas de não residentes em janeiro, com um crescimento de 5.2%. Já as pernoitas de residentes aumentaram 5,7%.
O Funchal destacou-se como o segundo município com maior número de dormidas (431,9 mil dormidas, peso de 11,8%), apresentando um crescimento de 3,1% (+5,2% em dezembro). As dormidas de residentes registaram um aumento expressivo (+34,0%), de acordo com o INE. As pernoitas de não residentes cresceram 1,1%, sendo que este município concentrou 15,2% do total em janeiro.
Em sentido contrário, Albufeira e Portimão registaram os maiores decréscimos no primeiro mês do ano (-9,8% e -7,5%, respetivamente).
Além disto, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico continuou a diminuir (-1,9%, após -0,8% em dezembro), para 2,29 noites em janeiro. A Madeira e o Algarve registam as estadias mais prolongadas, com 4,85 noites e 3,50 noites, respetivamente. As pernoitas mais curtas ocorreram no Centro (1,58 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,59 noites).