A Anticimex, especializada em Controlo de Pragas, Desinfeção de Espaços, Serviços de Higiene e Segurança Alimentar, para particulares e empresas, elaborou uma lista de medidas recomendadas para deteção precoce de uma das pragas mais comuns deste setor, os percevejos da cama.
“Existem vários tipos de pragas que podem afetar os hotéis, mas uma das mais comuns deste setor são os percevejos da cama (Cimex lectularius). Como a infestação deste tipo de praga que se verifica principalmente nos quartos onde os hóspedes se alojam, a probabilidade dos seus clientes serem os primeiros a detetar a infestação, é muito alta”, refere a empresa.
O melhor método de deteção precoce de percevejos em hotéis é “através da formação e do envolvimento de todos os colaboradores. Para o conseguir, todas as equipas – desde a receção à manutenção – deverão estar atentas a quaisquer sintomas de infestação e ter conhecimentos específicos sobre pragas”.
Normalmente, esta praga pode ser encontrada entre 1 e 2 metros de distância da cama, portanto, as seguintes medidas são recomendadas para deteção precoce:
Ao fazer a cama, a equipa de limpeza deve:
– Verificar a presença de manchas de sangue nos lençóis
– Verificar colchões e camas com manchas fecais. Os percevejos deixam excrementos em torno dos seus esconderijos. É possível ver pequenas manchas pretas em superfícies, móveis e tecidos.
– Evitar levar carrinhos de limpeza para os quartos. Devem sempre ser deixados nos corredores. Além disso, roupas de cama e toalhas sujas devem ser sempre colocadas em sacos plásticos bem fechados para o transporte até à lavandaria.
Inspeção periódica e de rotina por parte da equipa de manutenção:
– Verificar a cabeceira, a estrutura e as pernas da cama.
– Remover os colchões para facilitar a visualização de percevejos vivos ou sinais de presença.
– Virar a cama de lado e verificar se há manchas fecais na estrutura.
– Verificar a vedação dos ilhós e dutos que interligam os quartos.
“Quando uma praga surge num hotel, não é suficiente apenas o controlo. Faz-se necessária e essencial a sua erradicação completa. Um dos maiores problemas das pragas prende-se com o facto de serem muito prolíficas. Soma-se também a isto a enorme capacidade de adaptação e sobrevivência, que lhes permite atingir uma população considerável num curto espaço de tempo”, revela a Anticimex.
A probabilidade de conseguir controlar com sucesso uma praga, é “diretamente proporcional à sua dimensão, por esta razão, é tão importante agir ao primeiro sinal de infestação”.
Além dos percevejos da cama, “existem outras pragas comuns que podem afetar os hotéis e que são encontradas nas cozinhas, bem como nas áreas destinadas ao armazenamento de alimentos. Nestes locais, podemos encontrar maioritariamente baratas, traças, gorgulhos, moscas-das-frutas ou ratos. Devido à sua alta resiliência e capacidade reprodutiva, estas pragas podem proliferar-se rapidamente para outras áreas do hotel, dificultando a erradicação total do
problema”, alerta a Anticimex.
As baratas, por exemplo, podem entrar nos hotéis pela rua (por ralos, por exemplo), ou por transporte acidental de áreas infestadas, como dentro de sacos de batatas ou cebolas, sacos plásticos, caixas de ovos, caixas de papelão, móveis ou eletrodomésticos.
Uma vez dentro das instalações, “as baratas multiplicam-se muito rapidamente e sua eliminação é muito difícil, por isso, a prevenção é a melhor estratégia para evitar problemas futuros”.
Eis algumas medidas preventivas fornecidas pela empresa:
– Evitar fontes de humidade
– Vedar rachaduras e fendas para que as baratas não possam se esconder.
– Inspecionar os produtos alimentares antes de armazená-los.
– Manter as portas e janelas fechadas.
– Deixar correr água periodicamente nos lavatórios e sanitários para evitar o acesso de baratas através de sifões secos.
– Manter as áreas limpas debaixo e por detrás dos aparelhos.
– Limpar regularmente o chão.
– Armazenar os alimentos em recipientes fechados.
– Recolher o lixo com frequência.
– Manter os ralos limpos e secos e com proteções adequadas.